A ortodontia
preventiva pode evitar muitos problemas na fase adulta
Consciente da necessidade de alertar toda a
população sobre a importância da avaliação precoce do desenvolvimento dentário
e facial das crianças, iniciou-se neste mês a campanha Julho Laranja, que conta
com o apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
A introdução da criança ao cirurgião-dentista deve
acontecer desde o seu nascimento pois, mesmo que não haja o desenvolvimento
visível dos dentes, a postura de amamentação e os hábitos de sucção e
alimentação do bebê podem causar problemas no desenvolvimento dentário da
criança, resultando na má oclusão.
Dentre os principais problemas causadores da má
oclusão em crianças estão: forma errada de engolir (deglutição atípica), chupar
o dedo e chupeta, defeitos na formação dos dentes (hipoplasia), perdas
dentárias precoce, retenção prolongada, respiração bucal, falta de espaço para
a erupção normal dos dentes, cáries, freio labial e lingual mal
posicionados, entre outros.
Má Oclusão
A má oclusão dentária é um desalinhamento ou um mau
encaixe entre as arcadas e pode levar à alteração de uma ou todas estas funções
orais, além de apresentar reflexos variados tanto nas diversas funções do
aparelho estomatognático quanto na aparência e autoestima dos indivíduos
afetados. “Quando se perde a oportunidade de tratar desde a infância este
problema, pode-se apresentar elevada complexidade terapêutica e instabilidade.
Por isso, é importante que os pais redobrem os cuidados odontológicos durante o
crescimento e principalmente a troca de dentes, quando se devem iniciar as
consultas ao ortodontista”, alerta a presidente da Câmara Técnica de Ortodontia
do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Luciana Iwamoto. As
consultas devem acontecer semestralmente, porém cada paciente deve ser
acompanhado individualmente, dependendo do grau de complexidade de cada caso.
Outros sintomas comuns da má oclusão são dores de
cabeça ou pescoço, limitação de abertura bucal, mau hálito, sono agitado, baba
excessiva, ronco durante o sono, déficit de atenção, postura corporal
incorreta, dificuldades na mastigação e na fala, que pode ser percebido ainda
na infância e tratado com uso de aparelhos. “Quando se tem um bom
posicionamento tanto da mandíbula como da maxila os fonemas podem ser
reproduzidos com facilidade, se houver mal posicionamento torna-se muito
difícil a normalização fonética”, conta a especialista.
É importante lembrar que o sucesso dos tratamentos
odontológicos na infância exige um trabalho constante e conjunto entre o
cirurgião-dentista, a criança e os pais, que devem manter a criança motivada,
orientando e acompanhando diariamente os cuidados da saúde bucal fora do
consultório.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP)
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