O Julho Amarelo alerta para prevenção contra essa que já é a segunda doença infecciosa a causar mais mortes em todo planeta
Além do Julho
Amarelo, 28/07 é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, uma data que
ganha ainda mais importância neste ano na luta contra a hepatite, que já é a
segunda doença infecciosa a causar mais vítimas fatais no mundo, atingindo 1,3
milhões de mortes anuais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, a luta
contra as hepatites B e C é uma prioridade de saúde pública e o Ministério da
Saúde instituiu com o Programa Brasil Saudável, em 2024, a eliminação das
hepatites virais como meta a ser alcançada até 2030. Estima-se que em 2022, 254
milhões de pessoas viviam com hepatite B e 50 milhões com hepatite C.
“A hepatite A é
uma doença, que costuma se resolver em poucas semanas, conferindo imunidade
para o resto da vida em seguida - é geralmente tratada com hidratação, remédios
para dor e para enjoo. Já as hepatites B e C na maioria das vezes se apresentam
como doenças crônicas e silenciosas”, explica Pedro Martins, Infectologista,
Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas e Professor da Afya Educação
Médica.
“As hepatites B e
C podem passar anos sem manifestar nenhum sintoma. Durante esse tempo, há uma
crescente inflamação das células do fígado. A longo prazo, essa inflamação pode
causar a cirrose, mesmo nos pacientes que não consomem bebidas alcoólicas. A
cirrose é uma condição irreversível, que pode causar insuficiência hepática
(mal funcionamento do fígado). Em estágios mais avançados, a pessoa pode
precisar de um transplante de fígado. No pior cenário, os vírus podem propiciar
o surgimento de câncer de fígado (Carcinoma Hepatocelular)”, acrescenta.
A cirrose e o
carcinoma hepatocelular são duas das principais causas de morte em decorrência
das hepatites virais. Para combater a disseminação desta doença, é
indispensável o acesso da população à informação para a prevenção, o
diagnóstico e o tratamento. Além da importância da testagem para impedir a
evolução, é preciso conhecer as formas de infecção e evitá-las. Além disso,
para alguns tipos de hepatites também existem vacinas específicas.
Conheça
as características de cada hepatite:
– Hepatite A:
diretamente relacionada principalmente às condições de saneamento básico e de
higiene e também a relações sexuais. É uma infecção leve e que se cura sozinha
na maioria dos casos. Existe vacina para a hepatite A.
– Hepatite B:
atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A
melhor forma de prevenção é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C: tem
como principal forma de transmissão o contato com sangue. Não existe vacina
ainda.
– Hepatite D:
ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação
contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E:
transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral). A hepatite E não
costuma se tornar crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem
apresentar formas mais graves da doença.
A Hepatite A
possui transmissão fecal-oral, ou seja, a infecção ocorre a partir do contato de
materiais contaminados com fezes com a boca. Isso pode acontecer no consumo de
água ou alimentos contaminados ou durante o sexo, quando houver contato da boca
com o ânus. Já a transmissão das Hepatites B e C ocorre a partir de contato com
sangue contaminado ou durante o sexo, complementa Martins.
Cuidados
com a hepatite C
A hepatite C tem
gerado preocupação especial nos últimos anos e é considerada hoje a maior
epidemia da humanidade, com cinco vezes mais incidência que a AIDS/HIV². Dados
do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde mostram
que entre os casos notificados, entre 2020 e 2023, 40,6% são referentes à
hepatite C. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 520 mil
pessoas têm a doença, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Até 2022, cerca
de 150 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas, tratadas e curadas da
hepatite C3.
Na luta contra a
propagação, a Roche Diagnóstica, referência em inovação e excelência em doenças
infecciosas, lançou recentemente o teste HCV Duo, capaz de reduzir em quatro
semanas a janela imunológica para diagnóstico da doença. O exame possui
detecção dupla, conseguindo constatar além dos anticorpos, o antígeno do vírus
da hepatite C, que são os componentes estruturais reconhecidos pelo sistema
imunológico.
Com a automação
dos equipamentos cobas® e 402 / e 801, o ensaio Elecsys® HCV Duo inova ao
realizar detecção dupla, ou seja, identifica os anticorpos e também os
antígenos do vírus da Hepatite C. O antígeno core do HCV, bem como os
anticorpos para o HCV, podem ser identificados simultaneamente a partir de uma
única amostra de sangue. O resultado do teste é calculado automaticamente pelo
analisador, com a possibilidade do laboratório obter também a diferenciação, já
que os resultados individuais do antígeno e anticorpo são acessíveis aos
laboratórios.
Roche Diagnóstica
Referências:
¹Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde
https://bvsms.saude.gov.br/oms-soa-alarme-sobre-infeccoes-virais-por-hepatite-que-ceifam-3-500-vidas-por-dia/#:~:text=Novos%20dados%20de%20187%20pa%C3%ADses,por%20hepatite%20B%20e%20C.
²Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde
https://bvsms.saude.gov.br/julho-amarelo-mes-de-luta-contra-as-hepatites-virais/
3 Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/julho/saude-vai-dobrar-o-numero-de-pacientes-com-hepatite-b-em-tratamento-no-brasil#:~:text=No%20Brasil%2C%20estima%2Dse%20que,e%20curadas%20da%20hepatite%20C

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