CHRO do Infojobs explica impactos no
emocional nos profissionais e orienta como tratar os principais sentimentos
desse momento
"Infelizmente
você não foi aprovado." Uma frase curta que costuma ser suficiente para
abalar dias — ou até semanas — de dedicação, expectativa e preparação. Mas, e
se a rejeição não fosse o fim, e sim um ponto de virada?
Para muitos profissionais, um “não” é vivido como uma sentença,
mas com o olhar certo, ele pode se tornar um poderoso ponto de partida. “Quando
acontece a negativa da empresa é comum as pessoas levarem o fluxo de pensamento
para uma linha autodepreciativa, de que não foram aprovadas porque não são boas
o suficiente. Mas neste momento é importante entender que muitos aspectos levam
a esse desfecho, e o próximo passo é focar em entender o que pode não ter
funcionado, seja em termos de alinhamento técnico ou cultural, e se preparar
melhor para a próxima chance”, explica Patrícia Suzuki, CHRO do Redarbor
Brasil, grupo detentor do Infojobs.
Com base nessa visão, ela compartilha sete estratégias práticas
para transformar a decepção em aprendizado e resiliência.
1. Sinta, mas não permaneça no sentimento
Tristeza, raiva, frustração são emoções naturais diante de uma
recusa. “Reserve um tempo para acolher o que está sentindo. Pode ser tomando um
café com um amigo, conversando com sua rede de apoio ou simplesmente se
permitindo desacelerar. Está tudo bem não estar bem às vezes.”orienta Patrícia.
2. Seja seu melhor amigo
Imagine que um amigo próximo acabou de receber uma resposta
negativa. O que você diria a ele? Provavelmente algo como: “Você deu o seu
melhor. Essa vaga não era para você. Continue tentando.” Então, por que somos
tão duros com nós mesmos?
3. Respire fundo e retome o controle
A ansiedade costuma bater forte após uma rejeição. Nesses
momentos, a respiração pode ser sua maior aliada. Respirações profundas e
conscientes ativam o sistema parassimpático, que reduz o estresse e restaura a
sensação de controle do corpo e da mente. Um minuto de respiração focada pode
mudar completamente seu estado mental.
4. Questione os pensamentos distorcidos
Cuidado com a armadilha da generalização. “É comum pensarem ‘não
sou suficientemente bom’ ou ‘eu nunca passo da primeira fase’. Mas, muitas
vezes, a decisão do recrutador depende de fatores externos, como o fit cultural
ou uma experiência específica que não estava no seu currículo. Isso não tira o
seu valor profissional e menos ainda, o pessoal”, comenta a CHRO do Infojobs.
Um bom exercício é escrever essas crenças limitantes e, ao lado,
listar evidências reais que as contradigam — conquistas passadas, aprendizados,
qualificações. Isso ajuda a recuperar a perspectiva e a confiança.
5. Conecte-se e peça ajuda
Você não precisa passar por isso sozinho. Conversar com sua rede
de apoio — amigos, mentores, colegas e até profissionais — pode trazer novas
perspectivas e um alívio imediato. “Falar com alguém de confiança ou buscar
apoio psicológico pode ajudar a compreender melhor o que você está sentindo e a
criar estratégias mais eficazes para lidar com esse momento e com as próximas
oportunidades de emprego”, aconselha Patrícia.
6. Sua essência é maior que um “não”
É fundamental compreender que a rejeição diz mais sobre a
aderência do seu perfil àquela vaga específica do que sobre o seu valor como
profissional. “Muitas pessoas passam por situações de retorno negativo na
carreira, mas isso não define sua trajetória. Mantenha sua motivação, entenda
onde pode melhorar e continue tentando.”, reforça ela.
Separar o resultado e a sua identidade, é o segredo para preservar
a autoestima e impedir que uma resposta negativa define quem você é.
7. Feedback é ouro
Se houver a chance de receber feedback, aproveite, o feedback é
ouro. Ele pode revelar pontos não percebidos na sua comunicação, na postura durante
a entrevista ou até na sua aderência ao perfil da vaga.
Em muitos casos esse retorno acontece de forma mais genérica
devido a quantidade de participantes nos processos seletivos. Entretanto, se
você chegou nas últimas etapas do processo seletivo e tem o contato da empresa,
vale a pena pedir — com educação, profissionalismo e, principalmente, abertura
— para aprender e ajustar a rota para sua próxima conquista.
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