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segunda-feira, 17 de março de 2025

Use o abecedário no autoexame do câncer de pele

Segundo o INCA, país deverá registrar 220,5 mil novos casos do tipo não melanoma 8,5 mil de melanoma, no triênio 2023-2025

 

O câncer de pele é o tipo de tumor que mais acomete brasileiros. As lesões malignas na pele representam 30% do total de todos os cânceres no país. Embora a maioria dos casos tenha tratamento eficaz e bons prognósticos, o câncer de pele do tipo melanoma é agressivo e metastático, apresentando alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. O principal fator para o sucesso do tratamento é a detecção precoce, tornando o autoexame uma estratégia essencial na jornada de cuidado com a saúde. 

O principal sintoma do câncer de pele é o surgimento de manchas e pintas ou lesões que não cicatrizam, parecidas com outras lesões benignas. Podem se apresentar com diferentes formatos e colorações, a depender do tipo de câncer. Ocorrem em áreas do corpo mais expostas ao sol. 

Embora a maioria dos casos tenha tratamento eficaz e bons prognósticos, o câncer de pele do tipo melanoma é agressivo e metastático, apresentando alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. O principal fator para o sucesso do tratamento é a detecção precoce, tornando o autoexame uma estratégia essencial na jornada de cuidado com a saúde. 

Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, o país deverá registrar 220,5 mil novos casos de câncer de pele do tipo não melanoma no triênio 2023-2025 e 8,5 mil casos de melanoma. O tumor representa 30% das notificações no Brasil. 

O esquema ABCDE pode ajudar no autoexame das manchas:

  • A – Assimetria: lesões assimétricas podem indicar malignidade, enquanto as simétricas tendem a ser benignas.
  • B – Bordas: bordas irregulares podem ser sugestivas de malignidade; bordas regulares geralmente indicam uma lesão benigna.
  • C – Cor: a presença de múltiplas cores na mesma lesão pode ser um sinal de alerta, enquanto lesões de coloração homogênea são menos preocupantes.
  • D – Dimensão: lesões com diâmetro maior que 6 mm podem indicar risco aumentado de malignidade, mas melanomas menores também podem ocorrer.
  • E – Evolução: mudanças na aparência da lesão ao longo do tempo, como crescimento ou alteração de cor, são sinais de atenção.

Médico de família e coordenador da Amparo Saúde - uma empresa do Grupo Sabin, dr. Leonardo Demambre Abreu destaca que o autoexame é útil na identificação de manchas suspeitas, mas não substituiu a avaliação de um profissional. 

"Algumas lesões podem escapar desse esquema, como melanomas menores de 6 mm e com tonalidade única. A confirmação do diagnóstico é feita por meio de biópsia excisional, que remove toda a lesão com margens de segurança. Em lesões extensas ou localizadas em regiões delicadas, pode-se realizar uma biópsia incisional antes da remoção total, explica. 

O médico reforça ainda que o exame dermatológico regular é essencial, especialmente para grupos de risco, como pessoas de pele clara, com histórico de queimaduras solares, imunossupressão ou histórico familiar de melanoma.

 

Tipos de câncer de pele: 

  • Carcinoma basocelular: geralmente se apresenta como uma pápula perolada com vasos sanguíneos visíveis (telangiectasias), podendo conter uma crosta central que sangra facilmente.
  • Carcinoma espinocelular: pode surgir como uma ferida avermelhada e descamativa que não cicatriza e sangra, ou como um nódulo firme semelhante a uma verruga vermelha.
  • Melanoma: aparece como uma pinta ou sinal escuro na pele, que pode mudar de cor, formato ou tamanho. Apresenta bordas irregulares e variações de tonalidade (vermelho, rosa, branco, azul ou azul-escuro). Alguns casos podem causar coceira, queimação ou dor na região afetada. Apresenta alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente devido à sua capacidade de se espalhar para outros órgãos.

 

Cuidados e prevenção: 

Para reduzir o risco de câncer de pele, recomenda-se evitar exposição solar direta nos horários de pico (10h às 16h), usar roupas com proteção UV, chapéus e óculos de sol. Aplicar e reaplicar protetor solar a cada 2 horas em exposições curtas e a cada 80 minutos em caso de suor excessivo ou contato com água.  


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