Especialista destaca a importância do diagnóstico precoce
Março é o mês de conscientização sobre a endometriose, uma
condição que afeta cerca de 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva e pode
levar anos para ser diagnosticada. Os primeiros sinais costumam surgir ainda na
adolescência, um período crítico de transição física e emocional, no qual as
jovens mulheres começam a experimentar as complexidades do sistema reprodutivo.
No entanto, a falta de informação e o desconhecimento da condição
por muitos profissionais de saúde atrasam o tratamento, impactando
significativamente a qualidade de vida das jovens. Segundo dados da Associação
Americana de Endometriose, 66% das mulheres adultas com endometriose começaram
a apresentar os sintomas antes dos 20 anos, mas receberam o diagnóstico correto
depois de 12 anos ou mais.
Diante disso, Dr. Thiers Soares, ginecologista especialista
em Endometriose, Adenomiose e Miomas, traz três dicas de como diagnosticar e
tratar a endometriose.
1- Como identificar a endometriose na adolescência?
Os principais sintomas da endometriose em
adolescentes incluem cólicas menstruais intensas e incapacitantes, sangramentos
irregulares, dores abdominais persistentes, dor durante a evacuação e fadiga
crônica. Além disso, a dor pélvica pode ocorrer fora do período menstrual, o
que pode ser um sinal de alerta para a doença.
2- Consequências do diagnóstico tardio
Quando a endometriose não é diagnosticada e tratada na
adolescência, o quadro pode evoluir para complicações graves, como formação de
aderências pélvicas, cistos ovarianos e dificuldades reprodutivas no futuro.
Além dos impactos físicos, a doença pode afetar a saúde mental das jovens,
levando à ansiedade e depressão devido às dores constantes e limitações no dia
a dia.
3 - Opções de tratamento
O tratamento da endometriose na adolescência
geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, combinando terapias
hormonais, controle da dor e suporte psicológico. Métodos como o uso de
contraceptivos hormonais, anti-inflamatórios e, em alguns casos, intervenção
cirúrgica minimamente invasiva, podem ser indicados para aliviar os sintomas e
evitar a progressão da doença.
Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterinos, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterinos.
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