Estudo patrocinado pela ONU revela que a felicidade entre jovens caiu drasticamente na América do Norte
Nesta
quinta-feira, 20 de março, comemora-se o Dia Internacional da Felicidade, uma
data que nos leva a refletir sobre o que realmente importa quando o assunto é
felicidade. Algumas décadas atrás, a sabedoria coletiva apontava que os jovens
eram mais felizes, enquanto os idosos passavam seus dias sentados em cadeiras
de balanço, esperando pelo fim da vida. No entanto, esse estereótipo já ficou
no passado em algumas regiões, como revela o World Happiness Report,
realizado anualmente e patrocinado pela ONU (Organização das Nações Unidas). O
estudo tem como objetivo analisar os níveis de felicidade ao redor do mundo e
entender quais fatores influenciam o bem-estar das pessoas.
A
pesquisa utilizou como fonte de dados a Gallup World Poll, que mede o
bem-estar subjetivo através de três indicadores principais: avaliações de vida,
emoções positivas e emoções negativas. Anualmente, cerca de 1000 respostas são
coletadas em cada país, e os entrevistados avaliam sua vida atual em uma escala
de 0 a 10, sendo 10 a melhor vida possível e 0 a pior.
Os
resultados das análises identificaram que os níveis de felicidade nas
diferentes fases da vida estão passando por modificações ao longo do tempo. Na
maioria dos países, a satisfação com a vida diminui gradualmente desde a
infância, passando pela adolescência e até a idade adulta. Globalmente, os
jovens entre 15 e 24 anos ainda relatam maior satisfação com a vida do que os
adultos e idosos. No entanto, essa diferença vem diminuindo na Europa Ocidental
e foi recentemente invertida na América do Norte devido à queda na satisfação
com a vida entre os jovens.
Rodrigo
Lang, educador corporativo e sócio fundador da Human SA, instituição
focada no desenvolvimento humano por meio da promoção de saúde, felicidade e
bem-estar, destaca que “o conceito de felicidade não é limitado a uma única
fase da vida. Ele é dinâmico e pode ser cultivado ao longo de todas as idades,
desde a infância até a terceira idade. Com as mudanças nas condições de saúde e
bem-estar, é possível viver de forma plena em qualquer etapa da vida,
especialmente quando adotamos um equilíbrio entre a saúde física e mental.”
Os
dados também revelam que os avanços na saúde, bem-estar e políticas sociais
estão contribuindo para um envelhecimento mais positivo e satisfatório.
Enquanto, na juventude, a pesquisa destacou o impacto das redes sociais e das
tecnologias na satisfação dos jovens, revelando a necessidade de equilibrar os
benefícios da hiperconectividade com os desafios ligados à saúde mental.
Lang
também reforça a importância da felicidade no ambiente corporativo: “A
felicidade não é apenas um estado desejável, é um facilitador de competências
humanas essenciais como criatividade, colaboração e resolução de problemas.”
Ele observa que alguns gestores e líderes podem até negligenciar a importância
da felicidade no cotidiano de seus colaboradores, mas ressalta que a saúde
mental dos funcionários é uma responsabilidade legal dos superiores. “A
felicidade e o bem-estar não só geram um ambiente mais produtivo entre os
colaboradores, mas também impactam toda a rede de uma organização, incluindo
fornecedores e clientes”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário