Pacientes com a doença fazem parte do grupo de risco, assim como idosos, gestantes, crianças e imunossuprimidos
O alto número de
casos de dengue no Brasil em 2025 já preocupa autoridades e profissionais de
saúde pública. O governo de São Paulo, por exemplo, decretou estado de
emergência. O maior temor das autoridades é que os casos ultrapassem os 6,6
milhões registrados em 2024, com cerca de 6 mil óbitos, quando a dengue se
espalhou por todo o País. Este ano há ainda um agravante, pois o sorotipo 3 da
doença está se espalhando.
A dengue é uma
infecção causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes
aegypti e pode afetar a todos, mas existem alguns grupos que têm mais
riscos, como idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas e
imunossuprimidos. As pessoas com diabetes estão dentro do grupo de risco,
portanto é preciso tomar cuidado. Outro importante aspecto da doença é que, de
forme geral, a dengue grave ocorre com mais frequência na segunda vez que as
pessoas contraem a infecção.
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Diabetes, as características das infecções que afetam
as pessoas com diabetes são semelhantes às da população em geral. No entanto,
podem apresentar maior gravidade e mortalidade, assim como nos outros grupos de
risco citados.
Desde o ano
passado o Brasil está imunizando contra a dengue. Na rede pública, podem ser
vacinadas crianças e adolescentes de 10 até 14 anos. Na rede particular, pode
ser administrada em crianças a partir de 4 anos, adolescentes e adultos até 59
anos, tanto para quem já teve quanto para quem nunca teve dengue. O esquema de
aplicação é de duas doses, com um intervalo de três meses. A vacina não é
recomendada para quem tem mais de 60 anos, já que não há estudos sobre a
segurança ou a eficácia da vacina para este grupo.
O pediatra e
infectologista Marco Aurelio Safadi, coordenador do Departamento de Imunização
em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica que pacientes com
diabetes, dentro das faixas etárias liberadas, podem ser vacinados. “Os
pacientes que vivem com diabetes, especialmente quando adequadamente
controlados, podem receber a vacina sem problema”, explica dr. Marco Aurelio.
Se a pessoa com
diabetes tiver dengue, deve ser acompanhada em unidades de saúde ou pelo seu
médico para identificar situações que possam sugerir a ocorrência de
complicações da doença, sendo muito importante ficar atento aos chamados sinais
de alarme para as formas mais graves da doença, como vômitos persistentes, dor
abdominal intensa, persistente, hemorragias, desmaios e pressão baixa,
alteração do nível de consciência alternando sonolência e irritabilidade,
dentre outros. Ao notar esses sinais, a pessoa deve procurar ajuda médica
imediatamente, pois são situações que exigem a necessidade de internação.
Não existe um
medicamento específico para a dengue, por isso o tratamento é apenas
sintomático. “A hidratação é muito importante para evitar quadros mais graves
da dengue”, explica o infectologista. Nos casos mais leves a hidratação é feita
por via oral, sendo necessária a internação nos casos mais severos para a
realização da hidratação por via endovenosa.
O que é a
dengue
Trata-se de uma infecção
causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Atualmente temos no País a circulação de três sorotipos do vírus dengue (DENV
1, DENV 2 e DENV 3) com aumento da proporção de DENV 3 desde o último trimestre
de 2024.
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