Taxas de sucesso superam os 80%, segundo estudos
Um procedimento inovador e minimamente invasivo, que vem
transformando o tratamento de arritmias e síncopes vasovagais. A
cardioneuroablação, realizada por meio da veia femoral e sem cortes, utiliza
radiofrequência para modular o sistema nervoso autônomo que regula a frequência
cardíaca, reduzindo os efeitos excessivos do nervo vago no coração. Essa
intervenção tem sido cada vez mais utilizada no Brasil como uma alternativa
eficiente para pacientes que sofrem com bradiarritmias, síncopes refratárias e
outras condições que poderiam levar à necessidade de implante de marcapassos.
Além disso, diferente do marcapasso que necessita de manutenções
com intervenção cirúrgica em um intervalo de, no mínimo, 10 anos, a
cardioneuroablação torna-se uma opção muito mais prática ao paciente, que não
precisará se submeter a tantos procedimentos ao longo da vida.
Segundo o Dr. Ricardo Ferreira, especialista em Estimulação
Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica e Invasiva, e um dos médicos brasileiros
que mais realizam o procedimento, muitos pacientes têm apresentado melhora
clínica significativa, com redução dos sintomas e recuperação da qualidade de
vida. “Estamos vivendo um momento de transformação no cuidado cardiovascular. A
cardioneuroablação melhora a qualidade de vida dos pacientes e reduz a
dependência de tratamentos mais invasivos”, destaca o cardiologista.
Desde sua introdução no HCor (Hospital do Coração), em São Paulo,
sob a liderança do Prof. José Carlos Pachón Mateos, a cardioneuroablação tem
registrado resultados impressionantes. Estudos apontam taxas de sucesso
superiores a 80%, refletindo o impacto positivo da técnica.
Segundo o Dr. Ricardo, a popularização do procedimento reafirma a posição de destaque do Brasil na medicina cardiovascular e reflete um movimento global em busca de soluções menos invasivas e mais eficazes. A expectativa é de que a cardioneuroablação se torne uma opção cada vez mais acessível, beneficiando um número crescente de pacientes em todo o país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário