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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Festas de fim de ano inclusivas: dicas para celebrar com conforto e segurança

 

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Adaptações simples podem transformar ambientes e tornar as comemorações mais acolhedoras para pessoas com Autismo e hipersensibilidade sensorial

 

 As festas de fim de ano representam momentos de celebração e união para muitas famílias, mas, para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou hipersensibilidade sensorial, as comemorações tradicionais podem ser incômodas. Luzes piscantes, sons intensos e cores vibrantes são estímulos que podem gerar desconforto e limitar a participação de todas as pessoas.

 

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 1 a cada 36 crianças tem Autismo . O aumento no diagnóstico do Transtorno nas últimas décadas reforça a necessidade de criar ambientes mais inclusivos, principalmente em épocas festivas.

 

Especialistas em terapias sensoriais dão dicas de adaptações simples que podem criar ambientes mais confortáveis, acolhedores e inclusivos, promovendo momentos agradáveis para todas as pessoas. Veja abaixo:

  • Iluminação fixa e suave: substitua luzes piscantes por aquelas que são estáticas e em tons quentes.
  • Decoração tátil: use enfeites de materiais como feltro, algodão ou madeira, que são mais confortáveis ao toque.
  • Cores equilibradas: prefira tons suaves e harmoniosos, evitando cores chamativas ou contrastes muito marcantes.
  • Aromas leves: utilize fragrâncias naturais, como lavanda ou baunilha, que ajudam no relaxamento.
  • Espaço organizado: disponha os itens decorativos de forma ordenada, reduzindo estímulos visuais excessivos e a poluição visual.

 O papel das terapias sensoriais no bem-estar

 

O Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional no atendimento a pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, destaca que práticas terapêuticas sensoriais desempenham um papel importante no cuidado dessas pessoas. Projetos como a arteterapia promovem reabilitação funcional, social e emocional, ajudando a desenvolver autonomia e qualidade de vida.

 

Além da arteterapia, iniciativas como musicoterapia e atividades lúdicas são planejadas para atender às necessidades específicas de cada pessoa. Essas práticas ajudam a reduzir sobrecargas sensoriais e favorecem o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.

 

“O Natal é uma época para aplicar na prática os benefícios das terapias sensoriais. Adaptar o ambiente para torná-lo mais inclusivo é uma extensão do que fazemos diariamente no Instituto: promover o bem-estar e o pertencimento”, explica Marina Alves, Supervisora na área de Neurodesenvolvimento Infantil, do Instituto Jô Clemente (IJC).

 

Por meio de ferramentas como o Projeto Terapêutico Singular (PTS) e a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), o IJC garante abordagens personalizadas que transformam a rotina de pessoas com deficiência, reforçando que gestos simples podem fazer toda a diferença na inclusão.

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