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Adaptações simples podem transformar
ambientes e tornar as comemorações mais acolhedoras para pessoas com Autismo e
hipersensibilidade sensorial
As festas de fim de ano representam momentos de celebração e união para muitas famílias, mas, para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou hipersensibilidade sensorial, as comemorações tradicionais podem ser incômodas. Luzes piscantes, sons intensos e cores vibrantes são estímulos que podem gerar desconforto e limitar a participação de todas as pessoas.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 1
a cada 36 crianças tem Autismo . O aumento no diagnóstico do Transtorno nas
últimas décadas reforça a necessidade de criar ambientes mais inclusivos,
principalmente em épocas festivas.
Especialistas em terapias sensoriais dão dicas de adaptações
simples que podem criar ambientes mais confortáveis, acolhedores e inclusivos,
promovendo momentos agradáveis para todas as pessoas. Veja abaixo:
- Iluminação fixa e suave: substitua luzes piscantes por aquelas que são estáticas e em
tons quentes.
- Decoração tátil: use enfeites de
materiais como feltro, algodão ou madeira, que são mais confortáveis ao
toque.
- Cores equilibradas: prefira tons
suaves e harmoniosos, evitando cores chamativas ou contrastes muito
marcantes.
- Aromas leves: utilize
fragrâncias naturais, como lavanda ou baunilha, que ajudam no relaxamento.
- Espaço organizado: disponha os
itens decorativos de forma ordenada, reduzindo estímulos visuais
excessivos e a poluição visual.
O papel das terapias sensoriais no bem-estar
O Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional no atendimento
a pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e
Doenças Raras, destaca que práticas terapêuticas sensoriais desempenham um
papel importante no cuidado dessas pessoas. Projetos como a arteterapia
promovem reabilitação funcional, social e emocional,
ajudando a desenvolver autonomia e qualidade de vida.
Além da arteterapia, iniciativas como musicoterapia
e atividades lúdicas são planejadas
para atender às necessidades específicas de cada pessoa. Essas práticas ajudam
a reduzir sobrecargas sensoriais e favorecem o desenvolvimento físico,
cognitivo e emocional.
“O Natal é uma época para aplicar na prática os benefícios das
terapias sensoriais. Adaptar o ambiente para torná-lo mais inclusivo é uma
extensão do que fazemos diariamente no Instituto: promover o bem-estar e o
pertencimento”, explica Marina Alves, Supervisora na área de
Neurodesenvolvimento Infantil, do Instituto Jô Clemente (IJC).
Por meio de ferramentas como o Projeto Terapêutico Singular (PTS) e a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), o IJC garante abordagens personalizadas que transformam a rotina de pessoas com deficiência, reforçando que gestos simples podem fazer toda a diferença na inclusão.
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