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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Índice que avalia as condições de vida em todos os municípios do país mostra avanços, desafios e fragilidades das cidades em áreas como saúde, educação, renda, moradia, segurança e mudanças climáticas; lançamento será na próxima sexta-feira

 

O Instituto Cidades Sustentáveis lança na próxima sexta-feira, 1/11, a quarta edição do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), ferramenta que permite avaliar a condição de vida nas 5.570 cidades brasileiras por meio de 100 indicadores temáticos. O lançamento ocorrerá em evento presencial no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, às 9h, e terá transmissão online nos canais do MMA e do ICS no Youtube. 

O IDSC-BR apresenta uma visão abrangente e integrada de todos os municípios brasileiros, em áreas como saúde, educação, renda, moradia, transportes, infraestrutura urbana e mudanças climáticas, entre outras. É possível verificar o desempenho das cidades em recortes regionais e temáticos; alguns dados também são desagregados por gênero e raça, de modo que se possa observar a desigualdade entre diferentes grupos e atores sociais. As bases utilizadas são de fontes nacionais e oficiais, como IBGE, DataSUS e Inep. 

De modo geral, o índice mostra que 68% dos municípios brasileiros têm nível baixo ou muito baixo de desenvolvimento sustentável. Em uma escala de 0 a 100 pontos, nenhuma cidade atingiu pontuação acima de 80; apenas 91 (1,6% do total) somaram mais de 60 pontos e a maior parte (2.855 municípios, ou 51% do total) encontra-se na faixa entre 40 e 49 pontos. O mapa abaixo ilustra essa situação e a enorme desigualdade regional do país:


O ISDC-BR atribui também uma classificação geral para cada município, com base no desempenho obtido nos indicadores. É possível, ainda, verificar a evolução dos municípios em gráficos que mostram sua evolução ao longo do tempo. As tabelas abaixo mostram as cidades que tiveram a maior e a menor pontuação por porte populacional em 2024: 

MAIOR PONTUAÇÃO

 Cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes)

 


Cidades médias (entre 100 mil e 500 mil habitantes)



Cidades pequenas (menos de 100 mil habitantes)

 



MENOR PONTUAÇÃO


 Cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes)


Cidades médias (entre 100 mil e 500 mil habitantes)

 


Cidades pequenas (menos de 100 mil habitantes)

 

 

Entre as capitais brasileiras, Brasília aparece com a maior pontuação (57 pontos) e Porto Velho, com a menor (37 pontos).


O índice permite ainda acompanhar a evolução de cada cidade brasileira na Agenda 2030, um compromisso estabelecido pela ONU em 2015 e assumido por mais de 190 países-membro, incluindo o Brasil. Os 100 indicadores do IDSC-BR estão agrupados e associados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de acordo com uma metodologia que permite monitorar os avanços, desafios e fragilidades dos municípios em cada ODS – há também uma pontuação específica para cada objetivo. Com isso, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a acompanhar e avaliar todas as suas cidades na Agenda 2030. 

Na comparação com os dados de 2015, ano em que os ODS foram instituídos, o índice mostra que 88% das cidades pioraram ou ficaram estagnadas, como ilustra o mapa abaixo:

  

 

Mais sobre o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil

A metodologia do índice foi desenvolvida pela Sustainable Development Solutions Network (SDSN), uma iniciativa da ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos da academia, da sociedade civil e do setor privado no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais. Aplicada em diversos países, foi adaptada para as cidades brasileiras pelo Instituto Cidades Sustentáveis em 2021, quando foi lançado o primeiro piloto do IDSC-BR. Desde então, os dados são atualizados e divulgados anualmente.  

O índice apresenta uma avaliação abrangente da distância para se atingir as metas e objetivos da Agenda 2030 nos 5.570 municípios brasileiros, com base nos dados mais atualizados disponíveis nas fontes nacionais e oficiais. A intenção é orientar a ação política de prefeitos e prefeitas, definir referências e metas com base em indicadores e facilitar o monitoramento dos ODS em nível local.

 

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