Segundo
Débora Pádua, fisioterapeuta pélvica especialista em sexualidade e dor na
relação, da capital paulista, alguns sinais ao urinar podem indicar disfunções
sexuais como dor na relação e vaginismo.
“Mulheres
que sentem dor ao urinar, ardência, sensação de pressão na região pélvica e
dificuldade para esvaziar a bexiga completamente podem ser algumas condições
relacionadas a problemas musculares no assoalho pélvico ou infecções urinárias,
que podem desencadear dificuldades durante o sexo, incluindo dor e dispareunia
que é a presença de dor durante a relação sexual ou durante o ato sexual”,
alerta.
A
especialista explica que depois dessa dispareunia pode vir uma consequência: o
vaginismo - uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico muitas
vezes associado a dor ou desconforto durante o sexo e outras atividades -
incluindo urinar. “A inflamação crônica ou disfunções urinárias, como infecções
recorrentes ou cistite intersticial, podem exacerbar a tensão muscular na
região, contribuindo para o desenvolvimento dessas condições”, diz.
Essa
dor constante na relação sexual pode levar a um ciclo de desconforto que muitas
acabam considerando ‘normal’. “É importante saber que nenhuma dor é normal, nem
a dor na relação sexual e isso tem cura em poucas sessões de fisioterapia
pélvica, mas que se não tratada pode agravar a situação e ainda levar a doenças
ginecológicas mais graves - uma vez que elas também não conseguem realizar
exames ginecológicos também pela dor”, alerta.
A
fisioterapia pélvica trata a dispareunia e o vaginismo através da reabilitação
dos músculos do assoalho pélvico com exercícios para ajudar a relaxar os
músculos vaginais, aumentar a flexibilidade e melhorar o controle muscular aos
poucos até que todos os músculos vaginais se tornem tolerantes à penetração de
forma gradual e a mulher sinta prazer nas relações”, finaliza Débora Pádua
afirmando que o tratamento leva à cura em 100% dos casos.
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