quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Sinais que o xixi pode dar que há disfunção sexual nas mulheres

 

Segundo Débora Pádua, fisioterapeuta pélvica especialista em sexualidade e dor na relação, da capital paulista, alguns sinais ao urinar podem indicar disfunções sexuais como dor na relação e vaginismo. 

“Mulheres que sentem dor ao urinar, ardência, sensação de pressão na região pélvica e dificuldade para esvaziar a bexiga completamente podem ser algumas condições relacionadas a problemas musculares no assoalho pélvico ou infecções urinárias, que podem desencadear dificuldades durante o sexo, incluindo dor e dispareunia que é a presença de dor durante a relação sexual ou durante o ato sexual”, alerta. 

A especialista explica que depois dessa dispareunia pode vir uma consequência: o vaginismo - uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico muitas vezes associado a dor ou desconforto durante o sexo e outras atividades - incluindo urinar. “A inflamação crônica ou disfunções urinárias, como infecções recorrentes ou cistite intersticial, podem exacerbar a tensão muscular na região, contribuindo para o desenvolvimento dessas condições”, diz. 

Essa dor constante na relação sexual pode levar a um ciclo de desconforto que muitas acabam considerando ‘normal’. “É importante saber que nenhuma dor é normal, nem a dor na relação sexual e isso tem cura em poucas sessões de fisioterapia pélvica, mas que se não tratada pode agravar a situação e ainda levar a doenças ginecológicas mais graves - uma vez que elas também não conseguem realizar exames ginecológicos também pela dor”, alerta. 

A fisioterapia pélvica trata a dispareunia e o vaginismo através da reabilitação dos músculos do assoalho pélvico com exercícios para ajudar a relaxar os músculos vaginais, aumentar a flexibilidade e melhorar o controle muscular aos poucos até que todos os músculos vaginais se tornem tolerantes à penetração de forma gradual e a mulher sinta prazer nas relações”, finaliza Débora Pádua afirmando que o tratamento leva à cura em 100% dos casos.
 

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Pós graduanda em Neurociências.Atualmente atende em sua clínica na capital paulista e no interior de SP, em Campinas, ambas especializadas no tratamento de vaginismo. Autora do livro “Vaginismo - Dor na relação não é normal” Link


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