De acordo com a plataforma Progress Hub que monitora a
implementação das propostas da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde
(OMS) para o Controle do Tabaco, o Brasil ocupa o 1º lugar na região das
Américas para propostas como redução da interferência da indústria,
regulamentação do conteúdo dos produtos de tabaco e coordenação da vigilância e
da investigação dos produtos ligados ao tabagismo.
Ainda segundo a pesquisa, 12,6% da população adulta do Brasil
fuma, 7% a menos que a média global. Nesse caso, o tabagismo é predominante
entre os homens brasileiros (15,9%) em comparação com as mulheres brasileiras
(9,6%). Com 5,4%, a taxa de tabagismo entre adolescentes de 13 a 17 anos no
Brasil é menor em cinco pontos percentuais do que a média global com índice
ligeiramente maior entre adolescentes do sexo feminino (5,6%) do que entre
adolescentes do sexo masculino (5,3%).
“Estabeleça uma data para parar (“Dia D”), ou seja, escolha uma
data específica e prepare-se mentalmente para ela. Isso ajuda a criar um
compromisso. O fumante pode reduzir o número de cigarros até esse dia. Além
disso, é necessário identificar os gatilhos (o que te leva a fumar) e observar
quais situações, emoções, lugares ou companhias que o levam a essa atitude e
busque maneiras de evitá-las ou enfrentá-las”, afirma Dra Larissa
Cau Carlet, pneumologista e membro da Doctoralia.
A especialista pontua que é indispensável a conversa com amigos,
familiares ou grupos de apoio, ou seja, compartilhar sua intenção de parar pode
aumentar suas chances de sucesso. Mesmo que você já tenha tentado parar e não
tenha conseguido, lembre-se que essa experiência negativa pode te ajudar na
próxima tentativa. “Além disso, com a ajuda de um médico, considere o uso de
adesivos, gomas ou pastilhas de nicotina para ajudar a reduzir os sintomas de
abstinência”, completa.
Além de praticar exercícios físicos, manter uma alimentação
equilibrada e encontrar hobbies que o distraiam do desejo de fumar auxiliam
nesse processo. Recomendo uma avaliação médica antes de iniciar atividades
físicas. “Se possível, opte por atividades ao ar livre sob supervisão de um
educador físico”, afirma a Dra Larissa.
De acordo com a pneumologista e imunologista, após vários anos, o
risco de câncer de pulmão e outros tipos de câncer (como boca e esôfago) pode
se aproximar do risco de não fumantes. A sensibilidade do olfato e do paladar
aumenta, permitindo que você desfrute mais dos sabores e aromas dos alimentos.
Mas lembre-se! Não substitua o cigarro convencional por cigarros
eletrônicos: os cigarros eletrônicos, vapes, entre outros, pois eles podem
causar malefícios iguais ou piores à sua saúde. “Os componentes desses
dispositivos podem levar a danos graves nos pulmões, irritação das vias aéreas
e olhos, além do potencial cancerígeno. Não há benefício na dependência
trocando os meios de fumar. Esses dispositivos podem, inclusive, causar uma
explosão, além de oferecer substâncias tóxicas em altas temperaturas às vias
respiratórias do fumante”, finaliza a especialista.
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