A OMS aconselha o consumo médio diário
de dois litros de água para adultos Freepik
A desidratação é um problema de saúde que se
caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais
e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize as funções
normais. A condição ocorre quando a quantidade de perda de líquidos é maior que
a reposição no organismo, sendo mais comum em dias com temperaturas
elevadas e, principalmente, durante o verão, devido à exposição ao calor e a
pouca ingestão de água.
O médico nefrologista
Dr. João Luiz Carneiro, do Hospital VITA, em Curitiba, relata que a
desidratação pode afetar pessoas de todas as idades, mas idosos e crianças
(especialmente recém-nascidos e lactentes) são as mais vulneráveis.
Segundo ele, dentre
os sintomas mais comuns estão mal-estar e
fraqueza, ressecamento de mucosas, como olhos, nariz e boca, longos períodos
sem urinar, aumento da irritabilidade, câimbras, tontura, dor de cabeça e
enjoo. Além disso, em quadros mais graves, podem ocorrer vômito, hemorragia,
alterações de consciência, desmaio, disfunção de múltiplos órgãos e até risco
de morte.
O médico explica que o volume ingerido de líquido diariamente deve ser equivalente às perdas que o corpo sofre, incluindo a transpiração resultante de atividades físicas e do clima. Algumas variáveis podem alterar na quantidade diária de consumo de água, como: esforço físico, idade, gênero, temperatura do local e em caso de gravidez.
A quantidade de água que deve ser ingerida varia
de acordo com o peso da pessoa, no entanto, em média a OMS (Organização Mundial
de Saúde), aconselha o consumo médio de dois litros de água potável por dia
para adultos. Para saber a quantidade necessária de ingestão diária de água
basta calcular por
meio da fórmula matemática: 35 ml X peso corporal em quilos (o valor deve ser
número inteiro).
De
acordo com o nefrologista, o corpo humano é composto por 60% a 70% de água, a qual é
responsável pela hidratação, já que leva sais minerais e nutrientes até as
células e elimina as substâncias tóxicas do organismo, pelo suor e pela urina.
Ao ingerir água, ela é enviada a todas as células para que cada uma delas
execute as funções de forma adequada. “Inúmeras funções corporais, vitais para
a sobrevivência, dependem da água, como transporte sanguíneo, absorção de
nutrientes, filtragem de substâncias, transpiração e controle da temperatura. A
água é necessária para que o organismo funcione corretamente. Além disso, há
uma série de elementos químicos presentes na água que são fundamentais para a
saúde e bem-estar”, ressalta o nefrologista.
O
Dr. Carneiro alerta que se a pessoa não tomar a quantidade adequada de água,
ela vai ficar com pouco líquido nos rins, o que é prejudicial para todo o
funcionamento do corpo. “Quando o rim percebe que há pouco líquido no
organismo, ele concentra a urina como reserva de água. Nesses casos, podem se
formar pedras nos rins e na bexiga, o chamado cálculo renal, explica o médico.
Para
evitar problemas de saúde, em períodos de temperaturas mais quentes é
necessário redobrar a atenção quanto à ingestão de água. Portanto, deve-se
aumentar a ingestão de líquidos no calor e abusar da água, do suco de frutas e
da água de coco. “A água participa de vários processos metabólicos, como a
manutenção da temperatura do corpo, funcionamento dos rins e intestinos, por
isso nunca pode ser esquecida”, salienta o Dr. Carneiro.
Para prevenir a desidratação, o Dr. Carneiro recomenda que além de ingerir muita água, deve-se consumir alimentos in natura ou minimamente processados, usar roupas adequadas para a estação e permanecer em ambientes bem arejados e, preferencialmente, na sombra.
Hospital VITA
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