Uma pesquisa realizada pela Mid, vertente para médias empresas da Falconi,
mostrou que os principais desafios das médias empresas são Processos,
Estratégia, Metas, Profissionalização e Governança e Controles. Os dados foram
coletados a partir de um questionário enviado para 1185 pessoas da base de Mid
ainda no 1º semestre deste ano.
Atualmente,
o Brasil conta com 120 mil médias empresas -- negócios que faturam de R$ 4,8 milhões a R$ 300 milhões. Criada em 2020, a Mid acaba de
completar dois anos e já conta com uma base de mais de 120 clientes em
praticamente todo o país.
Mid nasceu com o propósito de democratizar a gestão, posicionando-se como uma aceleradora do middle market. Temos orgulho em permear do estratégico ao operacional, com pessoas e tecnologia, na formação de um ecossistema que visa a geração de resultados consistentes”, afirma Marina Borges, diretora-geral da Mid.
Abaixo, confira os sete principais desafios das médias empresas no Brasil:
1.Processos
O
desafio de processos está muito relacionado ao fato de que, nas médias
empresas, o fundador ou CEO conquistou o crescimento do seu negócio na sua
própria habilidade, na “raça”. Ou seja, muitos dos processos da operação estão
individualizados nas habilidades das pessoas, o que gera variabilidade de
performance. Por exemplo, turnos ou equipes mais produtivos do que outros. Isso
se torna insustentável ao longo do tempo, visto que na falta de processos bem
definidos, os times não sabem exatamente o que e como fazer. O líder acaba
tendo que "apagar incêndios" diariamente. Institucionalizar processos
é a melhor forma para resolver problemas de forma orgânica, sustentado pelo
treinamento das equipes.
2. Estratégia
A
estratégia é um passo a ser dado ainda antes dos processos, porque serve para a
empresa definir as prioridades. Normalmente, este perfil de empreendedor não
consegue dar conta e nem tem capacidade de investimento para estruturar todos
os processos do dia para noite. Então, aí é hora de definir a estratégia:
depois de crescer, quais são os objetivos dessa empresa? Quer desenvolver novos
produtos? Quer ser a maior do Brasil, da América Latina? Normalmente, o
empreendedor não tem clareza disso, e suas equipes também não. Alinhar essa visão
de médio e longo prazo aumenta a produtividade e direciona esforços de maneira
estruturada, visando o bem do negócio.
3. Metas
Estabelecida
a estratégia, vem a questão das metas. É preciso atribuir metas não só na alta
liderança, o que é muito comum em empresas desse perfil. Metas globais de
lucro, de venda, por exemplo. Só que é importante que todas as pessoas tenham
suas metas bem definidas, para entender sua contribuição dentro do todo. Sem
metas, as pessoas perdem autonomia, porque não sabem o que precisam entregar.
Isso demanda uma aproximação forçada das lideranças com seus times e logo
sobrecarga destas, gerando menos produtividade simplesmente pela falta de
desdobramento das metas.
4. Profissionalização
A
necessidade de profissionalização é um desafio das médias empresas. Se um time
não tem o conhecimento necessário de gestão, ele vai exigir uma orientação mais
próxima, muitas vezes colocando os líderes no dia a dia dos times de operação,
os afastando dos processos, da estratégia e da governança.
5. Governança
Os
pontos anteriores estão relacionados ao planejamento. Mas se nada disso sair do
papel, nada acontece. É aí que entra a questão da governança e da
profissionalização. O desafio entra aqui com o objetivo de estruturar todos os
pontos anteriores de forma que o plano de ação definido na estratégia seja
acompanhado de perto. Nas médias, essa é uma forma da liderança estar mais
próxima dos níveis abaixo, acompanhando de perto a execução do plano de ação.
6. Controles.
O
desafio de controle está diretamente relacionado ao de governança. Sem medidas
de controles do que foi estabelecido, como indicadores, fica improvável saber
se suas metas estão sendo atingidas. O plano de ação é um norte para o alcance
da meta, mas somente os controles de resultados dirão se estão na rota correta
ou não, evidenciando quando esta precisa ser "corrigida". Sem isso,
muitas empresas ficam “no escuro” e e alta liderança, baseada somente nos
resultados gerais da organização, podem recorrer a medidas mais drásticas, como
demissões.
7. RH/Gente
A
questão do RH/Gente pode se desdobrar em diversos temas. O primeiro deles é no
desenvolvimento de pessoas por meio do desdobramento de metas, dando autonomia
e suporte para essas pessoas executarem seu trabalho. Outro exemplo é dar
ferramentas para elas, por meio de estabelecimento de um plano de carreira,
análise de skills necessárias para cada desafio, incentivos de longo prazo
(como remuneração variável, por exemplo), gerando engajamento, satisfação e
diminuindo turnover.
Marina
Borges - diretora-geral de Mid
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