sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Os 7 principais desafios das médias empresas, segundo pesquisa


Uma pesquisa realizada pela Mid, vertente para médias empresas da Falconi, mostrou que os principais desafios das médias empresas são Processos, Estratégia, Metas, Profissionalização e Governança e Controles. Os dados foram coletados a partir de um questionário enviado para 1185 pessoas da base de Mid ainda no 1º semestre deste ano. 

Atualmente, o Brasil conta com 120 mil médias empresas -- negócios que faturam de R 4,8 milhões a R 300 milhões. Criada em 2020, a Mid acaba de completar dois anos e já conta com uma base de mais de 120 clientes em praticamente todo o país. 

Mid nasceu com o propósito de democratizar a gestão, posicionando-se como uma aceleradora do middle market. Temos orgulho em permear do estratégico ao operacional, com pessoas e tecnologia, na formação de um ecossistema que visa a geração de resultados consistentes”, afirma Marina Borges, diretora-geral da Mid.

Abaixo, confira os sete principais desafios das médias empresas no Brasil:

 

1.Processos

O desafio de processos está muito relacionado ao fato de que, nas médias empresas, o fundador ou CEO conquistou o crescimento do seu negócio na sua própria habilidade, na “raça”. Ou seja, muitos dos processos da operação estão individualizados nas habilidades das pessoas, o que gera variabilidade de performance. Por exemplo, turnos ou equipes mais produtivos do que outros. Isso se torna insustentável ao longo do tempo, visto que na falta de processos bem definidos, os times não sabem exatamente o que e como fazer. O líder acaba tendo que "apagar incêndios" diariamente. Institucionalizar processos é a melhor forma para resolver problemas de forma orgânica, sustentado pelo treinamento das equipes.


2. Estratégia

A estratégia é um passo a ser dado ainda antes dos processos, porque serve para a empresa definir as prioridades. Normalmente, este perfil de empreendedor não consegue dar conta e nem tem capacidade de investimento para estruturar todos os processos do dia para noite. Então, aí é hora de definir a estratégia: depois de crescer, quais são os objetivos dessa empresa? Quer desenvolver novos produtos? Quer ser a maior do Brasil, da América Latina? Normalmente, o empreendedor não tem clareza disso, e suas equipes também não. Alinhar essa visão de médio e longo prazo aumenta a produtividade e direciona esforços de maneira estruturada, visando o bem do negócio.


3. Metas

Estabelecida a estratégia, vem a questão das metas. É preciso atribuir metas não só na alta liderança, o que é muito comum em empresas desse perfil. Metas globais de lucro, de venda, por exemplo. Só que é importante que todas as pessoas tenham suas metas bem definidas, para entender sua contribuição dentro do todo. Sem metas, as pessoas perdem autonomia, porque não sabem o que precisam entregar. Isso demanda uma aproximação forçada das lideranças com seus times e logo sobrecarga destas, gerando menos produtividade simplesmente pela falta de desdobramento das metas.

4. Profissionalização

A necessidade de profissionalização é um desafio das médias empresas. Se um time não tem o conhecimento necessário de gestão, ele vai exigir uma orientação mais próxima, muitas vezes colocando os líderes no dia a dia dos times de operação, os afastando dos processos, da estratégia e da governança.


5. Governança

Os pontos anteriores estão relacionados ao planejamento. Mas se nada disso sair do papel, nada acontece. É aí que entra a questão da governança e da profissionalização. O desafio entra aqui com o objetivo de estruturar todos os pontos anteriores de forma que o plano de ação definido na estratégia seja acompanhado de perto. Nas médias, essa é uma forma da liderança estar mais próxima dos níveis abaixo, acompanhando de perto a execução do plano de ação.


6. Controles.

O desafio de controle está diretamente relacionado ao de governança. Sem medidas de controles do que foi estabelecido, como indicadores, fica improvável saber se suas metas estão sendo atingidas. O plano de ação é um norte para o alcance da meta, mas somente os controles de resultados dirão se estão na rota correta ou não, evidenciando quando esta precisa ser "corrigida". Sem isso, muitas empresas ficam “no escuro” e e alta liderança, baseada somente nos resultados gerais da organização, podem recorrer a medidas mais drásticas, como demissões.


7. RH/Gente

A questão do RH/Gente pode se desdobrar em diversos temas. O primeiro deles é no desenvolvimento de pessoas por meio do desdobramento de metas, dando autonomia e suporte para essas pessoas executarem seu trabalho. Outro exemplo é dar ferramentas para elas, por meio de estabelecimento de um plano de carreira, análise de skills necessárias para cada desafio, incentivos de longo prazo (como remuneração variável, por exemplo), gerando engajamento, satisfação e diminuindo turnover.


Marina Borges - diretora-geral de Mid


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