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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Dia do Professor: Professores da Plataforma Ferretto comentam como é ensinar na era digital

Docentes se reinventam devido à necessidade de ministrar aulas virtualmente, e conferem na prática as vantagens dessa forma de ensino

 

Com o avanço da era digital, o mundo foi se adaptando no mesmo ritmo frenético, com novos recursos tecnológicos sendo criados a cada dia. E não foi diferente no âmbito da educação. Além disso, com a pandemia de Covid-19 e o consequente isolamento social, cresceu a necessidade do ensino à distância, e  o “novo normal” chegou às escolas com a chamada Educação 4.0. Com isso, professores em geral também tiveram de se reinventar. 

Os educadores da Plataforma do Professor Ferretto - canal 100% online focado na preparação para o Enem e vestibulares - conhecem bem essa realidade. “O ensino inteiramente à distância ou no formato híbrido - com parte das aulas sendo ministradas ao vivo e parte acontecendo remotamente - já são tendência no Brasil e no mundo todo. Isso já vinha acontecendo há alguns anos, e ganhou ainda mais força após a pandemia”, avalia Daniel Ferretto, influenciador com mais de 3 milhões de inscritos em seu canal no Youtube e fundador da plataforma de mesmo nome.

De acordo com levantamento recente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), os estudantes hoje desejam um modelo de estudo que combine duas ou mais formas de ensinar e de aprender.  Ainda segundo a sondagem realizada pela entidade, os alunos entrevistados gostariam que apenas 45% da carga horária fosse dedicada às aulas presenciais tradicionais. “Ou seja, na visão do aluno comprova que esse modelo de ensino já tornou-se uma necessidade”, complementa Ferretto. 

Porém, a inovação dificilmente acontece sem desafios. Em meio ao crescimento da educação na era digital, uma das adversidades enfrentadas pelos professores é o grande volume de informações acessíveis. “É preciso saber filtrar o que é relevante, a fim de não sobrecarregar os alunos com referências em excesso”, explica o professor Flávio Landim, que ensina Biologia na plataforma. Além disso, ele acrescenta que é preciso “manter-se atualizado não somente em relação aos temas como também à linguagem que os alunos estão usando”. “É isso que cria proximidade e desperta a atenção dos estudantes”, avalia ele.

Outra dica dada por Landim é, durante as aulas online, o professor se dirigir aos alunos como se estivesse presencialmente com eles, incentivando-os a participar da aula, por exemplo. “Isso desperta mais interesse do aluno pelo conteúdo apresentado, e ajuda a quebrar a barreira da distância física”, aponta o professor.

No que diz respeito à postura dos alunos, o professor também tem dicas para oferecer. Landim aconselha os alunos a “diminuir o tempo nas redes sociais, administrar bem o estudo e descanso, evitar a procrastinação e encontrar a melhor maneira de estudar dentre as técnicas propostas na Educação 4.0”.

 

Digital possibilita maior interação e praticidade

Apesar das dificuldades, existem diversas vantagens no ensino à distância, e é isso o que diz uma parcela dos entrevistados para a pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado no último ano. Entre as vantagens mencionadas pelos estudantes está, por exemplo, a possibilidade de “interagir mais e passar mais tempo com a família”. 

Para os professores, também existem pontos positivos no ensino online. “Quando comecei a gravar vídeos para o Youtube, senti que as aulas ficaram mais dinâmicas, além de conseguir ajudar alunos que não conseguiam aprender Matemática com a dinâmica da sala de aula tradicional. Nesse sentido, a Internet veio para ajudar, apesar de existirem distrações. O que é preciso é identificar as formas de usar a rede cada vez mais a favor da educação”, pondera o Professor Ferretto.

Quem também observou prós no ensino remoto foi Michel Arthaud, que leciona Química na plataforma Ferretto. “O que se observa é que os alunos mais tímidos, que tinham receio de fazer perguntas em frente aos outros colegas na sala de aula tradicional, no ambiente virtual passaram a interagir mais na aula online, fazendo perguntas de forma mais desinibida e sendo mais participativos”, finaliza o docente, que também é influenciador na internet e mantém o canal Café com Química

 

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