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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Da Barbie à Turma da Mônica, a regra é a inclusão

A retratação da deficiência física no universo do entretenimento tem sido cada vez mais frequente e revela a preocupação do setor cultural com a acessibilidade e a inclusão 


No próximo dia 11 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência Física, data que tem como objetivo promover a conscientização da sociedade sobre as ações que devem ser realizadas para garantir a qualidade de vida e a promoção dos direitos das pessoas com deficiências (PCDs), de acordo com a legislação Federal. A data está próxima de outros marcos inclusivos, como o Setembro Azul (Mês de visibilidade da Comunidade Surda) e o dia da Pessoa com Deficiência Auditiva, e reflete a crescente preocupação de diversos setores da sociedade para com a abordagem e o debate referentes à promoção da inclusão social.

 

Em especial, no ano de 2022, esta data ganha novos contornos pela movimentação do setor cultural em torno da pauta, com o lançamento de diversas produções e a criação de personagens do universo do entretenimento que retratam os diferentes tipos de deficiência física e levam ao público de todas as idades o debate sobre a inclusão. Ao todo, o Brasil possui mais de 22,8 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência física e que têm encontrado cada vez mais representatividade em séries, filmes, HQ’s e outras produções do universo do entretenimento dentro e fora do país. A seguir, preparamos uma lista para que você confira quais produções abraçaram a causa, com destaque para a representatividade das Pessoas Portadoras de Deficiência Auditiva.

 

 

Turma da Mônica

Em maio de 2022, o tão famoso HQ conhecido como “Turma da Mônica” ganhou sua primeira personagem com deficiência auditiva, uma menina de 9 anos chamada Suely. Fã de esportes, a personagem foi criada de modo comemorativo durante a 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão, a partir de uma parceria entre os estúdios Mauricio de Sousa Produções e a Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação da PUC São Paulo.

                                                            Imagem/reprodução PUC-SP

No Ritmo do Coração 

Em 2022, o Oscar premiou como melhor filme o longa-metragem No Ritmo do Coração, o qual conta a história de uma jovem que integra uma família de pessoas portadoras de deficiência auditiva e é a única que não possui nenhuma forma de deficiência. A jovem Ruby é a intérprete de seus familiares e ajuda na organização dos negócios da família, apesar de ter o sonho de conquistar uma carreira no universo da música. Foi a primeira vez que o prêmio foi concedido a uma trama com abordagem inclusiva tão forte.

                                                   Imagem/reprodução Apple Original Films

 

Gavião Arqueiro

 

A série Gavião Arqueiro, lançada no final de 2021, retrata de modo aprofundado a perda auditiva do herói e suas batalhas contra Echo, uma vilã que tem deficiência auditiva e é líder da Tracksuit Máfia. A série é a primeira produção da Marvel a trazer a deficiência auditiva como plano de fundo. Ao longo da série, o Gavião Arqueiro é retratado no processo de adaptação com aparelhos auditivos e em meio à aceitação de sua deficiência.

                                                          Imagem/reprodução Marvel

Barbie com Aparelho Auditivo 

Em agosto de 2022, a Mattel lançou a primeira boneca Barbie com deficiência auditiva, inspirada na atriz britânica Rose Ayling-Elis. Rose possui deficiência auditiva congênita e têm quebrado diversos estereótipos no Reino Unido, ao protagonizar novelas e participar de reality shows. Em coletiva de imprensa, a atriz revelou: “É muito importante que as crianças possam se ver representadas nos brinquedos com os quais brincam”. A boneca inspirada em Rose possui um aparelho auditivo rosa e tem feito sucesso em todos os pontos de venda.

                                                         Imagem/reprodução Mattel

Empresária que atua no setor de aparelhos auditivos a preços populares, Danielle Guieiro comenta a importância de as produções culturais retratarem pessoas portadoras de deficiência auditiva, para contribuir com a quebra de estereótipos e fomentar a inclusão social. “Hoje em dia, 87% dos brasileiros que sofrem com problemas de audição não fazem uso de aparelhos que possam auxiliá-los a escutar melhor. Claro que a questão econômica interfere, pois muitas empresas não praticam preços populares, mas o que mais vemos todos os dias em nossas unidades são as pessoas com receios dos preconceitos. Elas temem que o aparelho possa fazer com que a sociedade as exclua de certo modo; mas a sociedade tem evoluído na frente da inclusão e na popularização da pauta da deficiência auditiva. Por isso, é tão importante que as pessoas possam se ver representadas e abraçadas pela sociedade em todos os níveis, como nas produções culturais”, comenta Danielle, CEO da rede Audição de TODOS*.

 

*Audição de TODOS: rede de franquias que atua com a venda e a implantação de aparelhos auditivos, a preços 50% abaixo dos praticados pelo mercado nacional.


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