20 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Osteoporose
Infusões podem trazer comodidade e
menos efeitos adversos
“A osteoporose é
causada pelo enfraquecimento dos ossos, que passam a se quebrar com muita
facilidade, provocando dores, deformidades, dependência física e antecipando a
morte. Ela é resultado de uma perda da massa óssea exagerada, que acontece conforme
vamos envelhecendo.
“Em geral,
começamos a perder massa óssea lentamente depois dos 40 anos de idade, e
algumas pessoas acabam chegando na osteoporose. Isso é determinado
geneticamente, com a contribuição do estilo de vida. Uma alimentação pobre em
cálcio, o sedentarismo, o tabagismo e a deficiência de Vitamina D podem
contribuir para a chegada da osteoporose”, explica Dra. Marise
Lazaretti Castro, endocrinologista, professora da Escola
Paulista de Medicina – Unifesp.
Entretanto, muitas
vezes, mesmo com hábitos de vida saudáveis, as pessoas acabam desenvolvendo a
osteoporose por possuírem uma predisposição genética. E, particularmente na mulher,
esta perda óssea é acelerada pela menopausa.
A osteoporose é
uma doença que impacta muito a qualidade de vida e encarece o sistema de Saúde
por conta das fraturas. Felizmente, existe tratamento tanto para preveni-la
como para tratá-la, quando já instalada, que reduzem muito o risco de fraturas.
As fraturas mais comuns decorrentes da osteoporose acontecem no punho, no úmero
(braço), nas vértebras da coluna, e no quadril (colo do fêmur). Quem já teve
uma destas fraturas deve procurar imediatamente o atendimento por um clínico
para prevenir novas fraturas, porque o risco é muito grande.
“Para estes casos
mais graves existem novos medicamentos que, por meio de
infusão (injeções), podem contribuir de maneira significativa melhorar este
prognóstico”, conta Dra. Marise, que também é diretora da Clínica Croce.
Ela explica que um
desses medicamentos é o denosumabe, um anticorpo monoclonal
usado a cada 6 meses. Ainda de acordo com a especialista em saúde óssea, o ácido
zoledrônico é outro medicamento que, por meio do tratamento com
infusões sanguíneas anuais, pode aumentar a densidade óssea em homens e
mulheres com osteoporose, além de tratar e prevenir a doença induzida por
glicocorticoides e tratar a doença de Paget óssea.
“O romosozumabe é o mais novo medicamento da classe dos
anticorpos monoclonais disponível para tratar a osteoporose grave, para indivíduos com histórico de fratura osteoporótica
ou múltiplos fatores de risco para fraturas. Pode ser usado como uma
alternativa para pessoas cujo risco de fratura está muito elevado ou naquelas
que não obtiveram sucesso com outras linhas terapêuticas disponíveis”, comenta
Dra. Marise. Apesar de poder ser utilizado em casa, é sempre recomendado que o
paciente o aplique em ambiente seguro, cercado de profissionais da saúde que
poderão auxiliá-lo em caso de qualquer reação adversa.
Esses medicamentos
parenterais (por infusão) apresentam uma posologia mais cômoda. Como a maioria
dos tratamentos para osteoporose duram anos, o uso por infusão torna o
tratamento mais confortável, sem afetar o estômago.
Prevenção da Osteoporose
Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão uma fratura por fragilidade (osso quebrado) por causa da osteoporose. O risco desta doença pode ser reduzido, mas não totalmente evitado, com adoção de hábitos de vida saudáveis tais como:
- Prática de
exercício físico regular;
- Dieta rica em
nutrientes bons para os ossos, como proteínas e alimentos ricos em cálcio, como
os derivados do leite;
- Exposição solar
para adequar os níveis de vitamina D;
- Evitar hábitos
tabagistas e consumo de álcool;
- Reposição
hormonal na pós menopausa.
A investigação da osteoporose é feita pelo exame de densitometria óssea, que deve ser pedido para todos homens e mulheres com fatores de risco para a doença.
“Observação
importante: os medicamentos à base de anticorpos monoclonais utilizados nas
infusões necessitam serem mantidos sob refrigeração com temperatura controlada,
e manipulação cuidadosa. Por este motivo, é recomendado que seja aplicado por profissionais da saúde”,
finaliza Dra. Marise.
Clínica
Croce
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