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sábado, 17 de setembro de 2022

Vacina previne câncer do colo do útero, orienta oncologista

Um dos tipos de HPV responde por cerca de 70% desse tumor oncológico

 

Uma geração de mulheres pode reduzir os riscos de câncer do colo do útero com uma medida simples, a vacinação contra o Papilomavírus Humano, também conhecido como HPV. "Aproximadamente 70% dos casos desse câncer são oriundos de um dos tipos desse vírus. Portanto, pode ser evitado adotando as medidas preventivas", ressalta o médico Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

Desde 2014, o Ministério da Saúde implementou o calendário de vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 12 anos. A partir de 2017, o órgão estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. "Não há contraindicação para a vacina. Muito pelo contrário. Podemos reduzir a incidência de alguns tumores oncológicos com a imunização dessa geração", afirma o pesquisador. 

O câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e excetuando-se o câncer de pele não melanoma, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Ele é ainda a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 

O especialista ressalta a importância do exame preventivo periódico como forma de diagnosticar precocemente a doença e iniciar o tratamento o quanto antes: "As infecções causadas pelo HPV são facilmente diagnosticadas. As mulheres entre 25 e 64 anos de idade devem fazer o exame a cada três anos". 

Por ser uma doença que se desenvolve lentamente, o câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas inicialmente. O médico esclarece que, nos casos mais avançados, o tumor pode provocar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual: "Encontramos ainda sintomas como secreção vaginal anormal e dor abdominal relacionadas a queixas urinárias ou intestinas". 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

https://ramondemello.com.br/


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