Unindo o tradicional ao dinâmico, o Direito é uma
das áreas mais fundamentais na garantia de uma sociedade justa e igualitária.
Assim como muitos outros segmentos do mercado, vem transformando sua rotina,
influenciado pelos intensos avanços tecnológicos – exigindo habilidades que vão
muito além dos já desafiadores conhecimentos legislativos. Pautado por essas
tendências, o trabalho do profissional jurídico do futuro demandará um
comportamento muito mais abrangente do que aquele visto até o momento, buscando
um desenvolvimento interpessoal muito mais profundo para assegurar um
atendimento ao cliente excepcional e qualitativo.
Há anos, a tecnologia já é considerada como uma
aliada valiosa para os profissionais do ramo. Apenas em 2020, como exemplo,
dados divulgados pela Statista mostram um investimento de US$ 17,58 bilhões em
tecnologia jurídica ao redor do mundo – com expectativas de que seja
movimentado, até 2025, uma cifra correspondente a US$ 25,17 bilhões.
Em meio a um sistema legislativo complexo e
constantemente passível de atualizações, o uso de tais recursos a favor destes
profissionais trouxe uma otimização interna elevada aos escritórios de
advocacia, transformando processos extensos e confusos em algo mais simples e
prático. Mas, ao contrário do que muitos acreditam, a tecnologia não é a grande
protagonista do melhor desempenho deste setor.
A assertividade e qualidade nos processos
favorecidos por tais avanços são fatores secundários, garantidos apenas
mediante um atendimento ao cliente próximo e humanizado. Fora um bom preparo
técnico, o desenvolvimento da inteligência emocional já é um dos fatores
primordiais exigidos dos profissionais jurídicos do futuro - utilizando as soft skills
a favor de uma maior parceria e colaboração entre os times e,
assim, uma prestação de serviços muito mais eficiente ao cliente final.
A linha rígida e tradicional, até hoje vista no core
business de muitos escritórios, já se mostra antiquada e necessária
de ser adaptada neste novo cenário. A formalidade deve dar espaço para a
flexibilidade, utilizando tais recursos na simplificação das informações
jurídicas transmitidas à população, para que possam não apenas compreender com
maior clareza o andamento de seus casos, como também se sentirem mais
confiantes e próximos daqueles que estão liderando suas causas.
Assim como temos pessoas mais tecnológicas que
buscam a inovação em grande parte de suas atividades diárias, vemos também
aquelas que prezam pela resolução dos seus problemas de forma simples e direta.
Por isso, os diferentes perfis de públicos devem ser igualmente atendidos,
promovendo um olhar humanizado em vista de relações mais sólidas, transparentes
e duradouras – feito que nem mesmo os mais sofisticados sistemas são capazes de
atender.
O advogado do futuro deve ser capaz de conciliar
diferentes habilidades que favoreçam seu destaque no mercado, não se limitando
apenas à interpretação jurídica a favor de cada caso. Com o constante apoio
tecnológico e as otimizações garantidas pela inteligência artificial, saber
analisar todas as informações recolhidas para embasar a tomada de decisões fará
toda a diferença para a prestação de um serviço com cada vez mais qualidade e
assertividade para o ganho de causas.
Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.
Wide
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