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sábado, 17 de setembro de 2022

OMS aponta administração de medicamentos como desafio para a segurança do paciente em ambientes hospitalares

O professor da Faculdade de Medicina do Centro Hospitalar São Camilo e Doutor em Segurança do Paciente, Lucas Zambon, alerta para a importância da capacitação dos profissionais da Saúde sobre o tema

 

A data de 17 de setembro foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia da Segurança do Paciente. Este ano, o tema “Segurança de Medicamentos” foi lançado com o objetivo de conscientizar sobre os danos relacionados a falhas na prescrição ou administração dos medicamentos e até na cadeia logística que armazena, distribui e dispensa esses produtos nos serviços de Saúde.


No Brasil, pesquisas recentes mostram que ocorrem falhas em cerca de 30% a 40% das administrações de medicamentos e, de acordo com a OMS, práticas inseguras de medicação estão entre as principais causas que geram de danos evitáveis nos cuidados de saúde. No mundo, 50% dos desses danos são causados pelo uso errôneo de medicação que, se não ocorressem, levaria à economia de U$ 42 bilhões, nos gastos globais com a saúde por ano.


Para o professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo e Doutor em Segurança do Paciente, Lucas Zambon, “no Brasil, o avanço nos protocolos de segurança do paciente começou a partir da publicação da Portaria nº 529, de 1 de abril de 2013, do Ministério da Saúde (MS), que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Segundo ele, a partir da aplicação da portaria do MS os estabelecimentos de Saúde passaram a a ter Núcleos de Segurança formados por profissionais capacitados e voltados exclusivamente para tratar destas questões. Isso resultou na qualificação de pessoal e no uso de ferramentas para melhoria dos processos, como a conquista de acreditações com foco na redução de eventos adversos, alavancando a segurança do paciente”.

O professor finaliza, dizendo que “a  ciência da segurança do paciente ganhou uma perspectiva mais objetiva e isso nos leva hoje a um cenário em que esse conhecimento é levado para as graduações das faculdades de Saúde e para o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema no ambiente acadêmico, o que é um reforço para reduzir dos eventos advversos ”, afirmou o professor Doutor.


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