Quem diria que a felicidade dos funcionários se tornaria uma
tendência dentro das organizações, principalmente, após a pandemia da covid-19.
A época em que os funcionários prezavam apenas pela segurança de ter um emprego
e um salário estável acabou. O ambiente de trabalho definitivamente mudou,
assim como as pessoas.
Em meio a tantas mudanças, uma coisa é certa. Independentemente
do tamanho da empresa, do segmento, um ambiente de trabalho saudável e feliz
faz toda a diferença. Justamente aqui entra a função de CHO (Chief Happiness
Officer) ou simplesmente em português, Chefe de Felicidade no Trabalho.
O primeiro cargo de Chief Happiness Officer (CHO)
surgiu no Vale do Silício, polo de tecnologia nos Estados Unidos. A posição
logo se tornou muito atraente, tem se propagado nas startups mundo
afora e já aterrissou em grandes empresas. Trata-se do profissional que
transita entre o departamento de Recursos Humanos e Comunicação Interna de uma
organização. É comum também ver até psicólogos nesta função. Mas,
independentemente da formação profissional, deve ser alguém que acredita que
funcionários felizes são mais engajados e produtivos.
Ainda que envolver, motivar e elevar os níveis de desempenho dos
colaboradores sejam atribuições do departamento de RH, essas são as
responsabilidades mais comuns usadas para descrever a posição de CHO. Neste
caso, cada ação dirigida a um colaborador e as relações deste com a empresa são
um ponto de atenção para garantir uma experiência feliz e um ambiente de
trabalho impulsionado pela felicidade. Recrutamento e seleção, planejamento
de carreira, gestão de desempenho, gestão de sucessão, demissão e aposentadoria.
Todas as áreas podem se beneficiar com uma abordagem orientada para a
felicidade.
Um dos papéis do Chefe de Felicidade é interagir regularmente
com os colaboradores da empresa. Às vezes, esses funcionários podem se sentir
constrangidos ao falar sobre problemas do dia a dia com o gestor da área ou com
o gerente de RH. Nesse caso, o CHO pode atuar como uma ponte entre eles e se
tornar o canal da felicidade.
Essas conversas nem sempre são formais. Aqueles encontros no
cafezinho - por meio das quais os funcionários podem falar abertamente sobre o
momento em que estão passando, como confidenciar uma preocupação - são
ações promovidas pelo Chefe da Felicidade. Ele é a ponte da cultura da empresa
e dos colaboradores, além de ser a pessoa responsável por planejar treinamentos
para os colaboradores, formulação de políticas internas, tudo para visar e
tornar o trabalho agradável e divertido.
Entre as funções deste profissional estão as seguintes: escutar
os funcionários, promover o crescimento, valorizar pequenas realizações e poder
da liberdade, manter o espírito de equipe. A missão do CHO é também criar um
ambiente de trabalho impulsionado pela felicidade, garantir que todos os funcionários
se sintam valorizados e ao mesmo tempo, conseguir promover o desenvolvimento
profissional, reduzir o estresse e ser o elo entre a administração e os
funcionários.
Embora possa parecer que o cargo de CHO seja algo dispensável, o ambiente de trabalho hoje mostra um cenário diferente. Cada organização, especialmente de médio e grande porte, deveria ter alguém nessa função. Acompanhar os níveis de felicidade da empresa ajuda a envolver melhor os colaboradores e a retê-los. E este é um tema muito relevante especialmente para locais com força de trabalho composta pelos millennials. Já está provado que quanto mais ativo e satisfeito o funcionário for, maior será a eficiência de uma empresa.
Bruno Martins - CEO da Trilha Carreira Interativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário