Entre
as ações estão: mobilizar capital para financiar a transição verde; usar
tecnologia limpa e investir em inovação; medir e relatar a sustentabilidade Freepik
Diversos países assumiram, no ano passado,
compromissos de adotar medidas para conter o aquecimento global, durante a 26a
Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre o Clima (COP26).
Mas, sozinhos, eles não podem resolver a crise climática. O papel das empresas
será fundamental e as parcerias público-privadas (PPPs) serão essenciais,
aponta relatório da consultoria EY.
A COP26 reforçou o objetivo de limitar o
aquecimento global em 1,5°C, e, como alerta, o Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente afirmou que é preciso reduzir as emissões de gases de efeito
estufa em sete vezes mais do que o esperado para a década. Também foi
regulamentado o mercado de carbono e reconhecida a necessidade de redução de
45% das emissões até 2030.
Para alcançar essas metas, de acordo com o
relatório, as empresas devem realizar três ações: mobilizar capital para
financiar a transição verde, usar tecnologia limpa e investir em inovação, além
de medir e relatar a sustentabilidade.
TRANSIÇÃO VERDE
A transição verde requer financiamento
significativo. Os governos de mercados desenvolvidos ainda estão mobilizando os
US$ 100 bilhões que comprometeram com o financiamento climático internacional
como parte do Acordo de Paris, em 2015. A pandemia de covid-19 prejudicou as
ações e, por isso, o capital privado será essencial.
Bancos, por exemplo, estão montando equipes e
ofertas financeiras sustentáveis. A Glasgow Financial Alliance for Net Zero
(GFANZ), lançada antes da cúpula, vai acelerar esses esforços. Ela reúne bancos,
gestores de ativos, seguradoras e outros para mobilizar trilhões de dólares em
financiamento para a transição verde. À medida que as instituições financeiras
se voltam para o financiamento verde, as empresas de todos os setores precisam
criar projetos que possam alavancar esse capital, aponta o relatório.
TECNOLOGIA LIMPA E INOVAÇÃO
Parcerias público-privadas (PPPs) são necessárias
para o desenvolvimento de tecnologias limpas rapidamente e em escala. O setor
privado é onde essas inovações para a sustentabilidade ocorrerão e onde novos
empregos verdes serão criados, segundo o relatório.
Os veículos elétricos (EVs) são um exemplo. A
Agência Internacional de Energia relata que a frota global de veículos
elétricos cresceu para 7,2 milhões em 2019, com mais de 2,1 milhões de vendas
somente naquele ano. Dezenas de montadoras agora competem nesse mercado
globalmente. Essa expansão foi impulsionada principalmente pela inovação
privada e pela demanda do consumidor.
O relatório também mostra que companhias de energia
estão investindo em energias renováveis e no uso e armazenamento de captura de
carbono (CCUS). As empresas de consumo estão inovando nas embalagens para
torná-las mais degradáveis após o uso e não prejudicarem o meio ambiente. E as
empresas de tecnologia estão criando soluções de software que ajudam as
empresas a gerenciar e relatar métricas ambientais, sociais e de governança
(ESG).
MEDIR E RELATAR SUSTENTABILIDADE
Os relatórios desempenharão um papel crucial.
Investidores estão pressionando as empresas a relatar mais métricas ESG. Na
pesquisa EY Climate Change and Sustainability Services (CCaSS) de 2020, 72%
disseram que realizam avaliação estruturada e metódica de divulgações não
financeiras relacionadas aos aspectos ambientais e sociais do desempenho de uma
empresa.
Há também empresas que já estão estudando como
tornar seus relatórios de sustentabilidade tão rigorosos quanto seus dados
financeiros, pois desempenham um papel mais importante na narrativa dos
investidores da empresa.
Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/veja-como-as-empresas-podem-ajudar-a-frear-o-aquecimento-global
Nenhum comentário:
Postar um comentário