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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Procura por medicamentos para tratamento da dor crônica mais que dobra em um ano

Segundo dados levantados pela InterPlayers, a alta nos últimos 12 meses foi de 109,53%. O bimestre fevereiro/março de 2022 registrou crescimento de 142,96% ante igual período de 2021

 

Muita dor 

Pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, mostra que houve uma explosão na procura por medicamentos para tratamento da dor crônica no último ano. Segundo o levantamento, no período entre fevereiro de 2021 e março de 2022, a demanda média por esse tipo de remédio aumentou 109,53% em comparação com os 12 meses anteriores. São Paulo e Rio de Janeiro lideram a venda desse tipo de medicamento.

Uma pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, com base em seu próprio banco de dados, mostra que houve uma explosão na procura por medicamentos para tratamento da dor crônica no último ano. Segundo o levantamento, no período entre fevereiro de 2021 e março de 2022, a demanda média por esse tipo de remédio aumentou 109,53% em comparação com os 12 meses anteriores. Considerando apenas o bimestre fevereiro/março de 2022 ante o mesmo período do ano anterior, a alta alcançou impressionantes 142,96%.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) a dor crônica é aquela que persiste por mais de três meses. Ao menos 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões, relatam dores de forma crônica. No mundo, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que cerca de 30% da população é afetada por algum tipo de dor constante.

Entre os relatos mais comuns de dores crônicas estão a cefaleia (dor de cabeça), hérnia de disco lombar, lombalgias, reumatismo e fibromialgia. A dor crônica pode ser nociceptiva, quando é causada por alguma lesão ou inflamação, ou neuropática, resultado de alguma disfunção do sistema nervoso, seja no cérebro, seja na medula, seja nos nervos periféricos.

São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que lideram as vendas desse tipo de medicamento. São Paulo registrou alta de 54,33% em 12 meses e de 49,91% no bimestre fevereiro/março. No Rio a demanda cresceu 39,43% em um ano e 63,39% no bimestre. 

Mas o que pode ter levado a esse aumento estrondoso da venda de remédios para dor crônica? Em entrevista à imprensa no início do mês, a médica brasileira especializada em fisiatria e radicada no Canadá, Andrea Furlan, afirma que a dor crônica é um dos principais desafios de saúde pública hoje. Para piorar, a pandemia de covid-19 contribuiu para a situação.

A especialista comentou que em janeiro deste ano houve a publicação de uma meta-análise realizada por um grupo internacional. O trabalho englobou 18 estudos, envolvendo 10.530 pacientes.  A conclusão é de que passados três meses ou mais da infecção por coronavírus essas pessoas apresentavam dor em geral (28% delas), dor muscular (18%), dor de cabeça (20%), depressão (15%), ansiedade (20%), síndrome do estresse pós-traumático (14%) e problemas de sono (30%).

“Os dados de crescimento das vendas de remédios para dor crônica realmente nos chamaram a atenção. O aumento foi muito expressivo. Mas as informações dessa fisiatra justificam a demanda impressionante. Possivelmente, a covid-19 seja de fato a grande razão para esse fenômeno”, comenta Ilo Aragão de Souza, Gerente de Inteligência Comercial, da InterPlayers.

Os remédios para dor crônica são indicados pelos médicos de acordo com a intensidade, variando do grau leve para moderado e dor intensa.

  

InterPlayers - hub de negócios da saúde e bem-estar.


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