Segundo dados levantados pela InterPlayers, a alta nos últimos 12 meses foi de 109,53%. O bimestre fevereiro/março de 2022 registrou crescimento de 142,96% ante igual período de 2021
Muita dor
Pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de
negócios da saúde e bem-estar, mostra que houve uma explosão na procura por
medicamentos para tratamento da dor crônica no último ano. Segundo o
levantamento, no período entre fevereiro de 2021 e março de 2022, a demanda
média por esse tipo de remédio aumentou 109,53% em comparação com os 12 meses
anteriores. São Paulo e Rio de Janeiro lideram a venda desse tipo de
medicamento.
Uma pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de
negócios da saúde e bem-estar, com base em seu próprio banco de dados, mostra
que houve uma explosão na procura por medicamentos para tratamento da dor
crônica no último ano. Segundo o levantamento, no período entre fevereiro de
2021 e março de 2022, a demanda média por esse tipo de remédio aumentou 109,53%
em comparação com os 12 meses anteriores. Considerando apenas o bimestre
fevereiro/março de 2022 ante o mesmo período do ano anterior, a alta alcançou
impressionantes 142,96%.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da
Dor (SBED) a dor crônica é aquela que persiste por mais de três meses. Ao menos
37% da população brasileira, cerca de 60 milhões, relatam dores de forma
crônica. No mundo, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que
cerca de 30% da população é afetada por algum tipo de dor constante.
Entre os relatos mais comuns de dores crônicas
estão a cefaleia (dor de cabeça), hérnia de disco lombar, lombalgias,
reumatismo e fibromialgia. A dor crônica pode ser nociceptiva, quando é causada
por alguma lesão ou inflamação, ou neuropática, resultado de alguma disfunção
do sistema nervoso, seja no cérebro, seja na medula, seja nos nervos
periféricos.
São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que lideram as vendas desse tipo de medicamento. São Paulo registrou alta de 54,33% em 12 meses e de 49,91% no bimestre fevereiro/março. No Rio a demanda cresceu 39,43% em um ano e 63,39% no bimestre.
Mas o que pode ter levado a esse aumento estrondoso
da venda de remédios para dor crônica? Em entrevista à imprensa no início do
mês, a médica brasileira especializada em fisiatria e radicada no Canadá,
Andrea Furlan, afirma que a dor crônica é um dos principais desafios de saúde
pública hoje. Para piorar, a pandemia de covid-19 contribuiu para a situação.
A especialista comentou que em janeiro deste ano
houve a publicação de uma meta-análise realizada por um grupo internacional. O
trabalho englobou 18 estudos, envolvendo 10.530 pacientes. A conclusão é
de que passados três meses ou mais da infecção por coronavírus essas pessoas
apresentavam dor em geral (28% delas), dor muscular (18%), dor de cabeça (20%),
depressão (15%), ansiedade (20%), síndrome do estresse pós-traumático (14%) e
problemas de sono (30%).
“Os dados de crescimento das vendas de remédios
para dor crônica realmente nos chamaram a atenção. O aumento foi muito
expressivo. Mas as informações dessa fisiatra justificam a demanda
impressionante. Possivelmente, a covid-19 seja de fato a grande razão para esse
fenômeno”, comenta Ilo Aragão de Souza, Gerente de Inteligência Comercial, da
InterPlayers.
Os remédios para dor crônica são indicados pelos
médicos de acordo com a intensidade, variando do grau leve para moderado e dor
intensa.
InterPlayers - hub de negócios da saúde e bem-estar.
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