Até mesmo produtos como carnes, motos e carros são adquiridos pela internet, segundo a Receita Federal
As vendas no comércio eletrônico, o e-commerce, dispararam em 2021 até
maio, com crescimento de 153,5% no país, em relação ao período anterior à
pandemia. A alta nos cinco meses de 2021, se comparado ao mesmo período de
2020, chega a 74,4%. Os dados são da Receita Federal, que monitora as operações
de comércio eletrônico por meio de notas fiscais eletrônicas.
Para o diretor de marketing da MyPharma, startup paranaense que auxilia
farmácias nas vendas e-commerce com ferramenta especializada para loja virtual,
Carlos Henrique Soccol, os dados mostram uma necessidade que já havia antes
mesmo da pandemia, de as empresas se adequarem para vendas online. “E a demanda
trouxe essa necessidade de adequação. O consumidor é quem dita o futuro do
mercado e do varejo. Todos os indicadores mostram que o e-commerce no Brasil
cresceu muito, mas ainda está no começo. Nos próximos 5 a 10 anos, é provável
que toda experiência de compra, mesmo no varejo físico, seja feita de forma
online e sob encomenda”, avalia.
A necessidade de isolamento por conta da pandemia do novo coronavírus,
somada ao próprio medo das pessoas saírem de casa, fez com que a população
percebesse o quanto é confortável comprar pela internet. “Esse cenário obrigou
as pessoas que ainda não tinham comprado online, a comprarem. Uma vez que se
conhece uma experiência melhor, dificilmente o consumidor volta atrás nos
hábitos”, considera Carlos.
Carlos reforça ainda que as empresas que não se adequaram ao digital
precisam fazer isso para não perder dinheiro. “Quem ainda não se adaptou ao
e-commerce já perdeu muito dinheiro, mas pode evitar perder ainda mais. Ainda
dá tempo de se adequar já que mesmo depois da pandemia, a tendência é que o
comércio online continue crescendo. As novas gerações estão crescendo
habituadas às telas e a fazer tudo online, e isso vai ditar, mais ainda, o
sucesso ou o fracasso dos negócios que estiverem ou não adaptados aos novos
canais de compra”, finaliza o diretor da MyPharma.
De acordo com a Receita, o
valor das vendas no e-commerce atingiu R$ 114,8 bilhões de janeiro a maio deste
ano. Comparado apenas ao mesmo período de 2020, a alta é de 78%. Além da venda
de produtos eletrônicos, que já ganhava destaque no e-commerce desde antes da
pandemia, chama a atenção a comercialização de alimentos, de veículos e,
também, de produtos farmacêuticos e médicos.
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