Pesquisa divulgada em agosto aponta que 86% dos entrevistados tiveram suas finanças muito prejudicadas em função da pandemia, para 8% apenas prejudicou apenas um pouco e 4% não sentiram prejuízos (2% não quis responder). A pesquisa foi realizada pelo Instituto Axxus e foram entrevistadas 2.500 pessoas de todas as regiões do país e a margem é de erro 2% e o nível de confiança 95%.
Outro ponto importante que foi apresentado é que
76% reconhecem que não estão administrando bem. "A pesquisa analisou
pontos muito relevantes relacionado ao momento vivido e, infelizmente, vemos
que o impacto da pandemia foi muito negativo para as pessoas", observa
Rodnei Domingues, CEO do Instituto Axxus, responsável pelo levantamento.
A pesquisa ainda apontou que os principais erros
cometidos no período foi comprar demais (58%) e fazer dívidas (29%). Com isso o
resultado é que apenas 2% dos pesquisados afirmou ser poupador, 13% equilibrado
financeiramente, 55% endividado e 30% muito endividado.
Outro dado preocupante apontado é que quando
perguntados sobre a previsão financeira após a pandemia, em comparação a 2019,
17% acreditam que ficará igual ou melhor e 83% acreditam que ficará pior.
"É gritante o resultado da falta de educação
financeira apresentando pelo estudo, mostrando o que sempre afirmei em relação
ao tema e que as pessoas não estão prontas para enfrentar crises. Com a crise
muitas pessoas perderam rendas, contudo, em situações como essa é preciso estar
prevenido com reservas e com a possibilidade de cortar despesas. Mas, isso não
acontece, levando muitos ao descontrole e ao desespero", analisa o
presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN),
Reinaldo Domingos.
Esse fato é também comprovado pela pesquisa que
aponta que 71% tiveram insônia devido dificuldades financeiras e que 45%
somatização e 14% entraram em depressão. "Temos que levar a educação
financeira como uma questão séria e que tem reflexo na saúde, não temos mais
como deixar isso para segundo plano", completa Reinaldo Domingos.
Veja outros pontos relevantes
apontados pela pesquisa: a aposentadoria dos idosos foi muito importante para
36% dos entrevistados que foram muito prejudicados pela crise. 24% dos jovens
(até 30 anos) pararam de estudar devido as dificuldades financeiras e 19% não
sabem (se e) quando irão voltar.
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