A empatia e o respeito com os animais devem ser estimulados e promovidos na sociedade
A
causa animal vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade. O respeito aos
animais e a maneira como eles são tratados reflete o grau de civilidade do
povo.
Os
pets atuam como bons companheiros, exercendo grande influência no bem-estar e
na autoestima de seus tutores. "O convívio com eles estimula a produção e
a liberação de endorfina e serotonina, o que proporciona sensação de bem-estar
e relaxamento", salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour
News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Os
animais domésticos são tutelados pelo Estado, e sua proteção é assegurada pelo
artigo 225 da Constituição Federal, assim como pelo artigo 32, da Lei de Crimes
Ambientais (nº 9.605/1998). No final do ano passado, houve uma mudança na Lei
de Crimes Ambientais para situações em que aconteçam maus-tratos a cães ou
gatos. Agora quem for visto cometendo esse tipo de crime cumprirá pena de dois
a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa. "Os maus-tratos inclui
deixar o animal sujeito a fome, sede, provocar dor ou sofrimento
desnecessários", enfatiza Vininha F. Carvalho.
De
acordo com Roger Moko Yabiku, mestre em filosofia e docente do curso de Direito
do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), a utilização de
charretes também é considerada maus-tratos, de acordo com o caso concreto e
segundo o artigo 5º, XIV e XV, da Resolução nº 1.236, de 26 de outubro de 2018,
do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Submeter ou obrigar o
animal a atividades que comprometam suas condições físicas ou psicológicas,
mediante coerção, ou que o privem, por mais de quatro horas interruptas, sem
que haja descanso, oferta de alimento ou água, pode ser configurado como
maus-tratos. "Há de se observar também a legislação estadual e municipal
para concluir a legitimidade do ato", enfatiza o docente.
No
Código Civil francês, os animais já passaram do status de bens para seres
dotados de sensibilidade (sencientes) e passíveis de sentirem dor. Existem
projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional para que aconteça a mesma
mudança aqui no Brasil.
A
Comissão da União Europeia (UE) aprovou no dia trinta de junho de 2021 o
projeto de iniciativa popular de cidadãos comunitários (European Citizens'
Initiative - ECI) intitulado "Fim da Era da Gaiola". A partir de
agora o órgão se compromete a conceber um plano de transição, a ser publicado
até o final de 2023, promovendo a gradual redução da criação animal industrial
em gaiolas até o total banimento a partir de 2027.
De
acordo com um estudo elaborado pela Human Animal Bond Research Institute
(HABRI) com 2 mil pessoas que têm pets em casa, 74% relataram uma melhora na
saúde emocional por conta da relação com seu animal de estimação. Outros 75%
disseram notar melhora da saúde mental de um amigo ou familiar relacionada à presença
de um animal de estimação.
Os
números sobre o abandono de pets no Brasil é uma realidade que precisa ser
revertida. São mais de 30 milhões de cães abandonados nas ruas e em abrigos,
esperando por um lar, de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
"No
próximo dia 4 de outubro será comemorado pelo 21º ano consecutivo a campanha
educativa intitulada Dia Nacional de Adotar um Animal. Todos podem ajudar a
promover esta iniciativa e, ainda prestar uma homenagem concreta a São
Francisco de Assis, o verdadeiroprotetor dos animais", finaliza Vininha F.
Carvalho.
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