De que adianta conseguir chegar a ser o primeiro do ranking do Google e a sua página cair por falta de link ou de servidor?
Você já está um pouco à
frente dos concorrentes por já ter preparado a sua loja para receber mais
visitas e gerar mais vendas na Black Friday. O Google já a indexou há algum tempo,
pois você já usa termos como “Black Friday antecipada”, “setembro Black” e
outras variações para o mesmo tema. Ou seja, crescem as chances de a sua página
entrar em primeiro lugar no auge da temporada da Black Friday. Desde já o seu
site vem sendo considerado pelo site de buscas como relevante para o consumidor
de Black Friday.
O problema é que, se a
meta é garantir um tráfego pesado durante a Black Friday, é preciso ir muito
além dessa providência. O que ocorre no e-commerce na temporada de liquidações
on-line é um fenômeno que exige de cada varejista todas – TODAS - as suas armas
à mão. Afinal ninguém quer perder o equivalente a um mês de vendas,
concentradas em apenas seis dias.
Vale lembrar que os mais
de 13 milhões de brasileiros que estrearam nos caminhos do e-commerce no ano
passado, forçados pela pandemia, estão hoje mais confiantes. Em 2020, compraram
R$ 6 bilhões, de acordo com dados da Ebit/Nielsen, e ultrapassaram a barreira
dos primeiros cadastros on-line. Também experimentaram novos meios de
pagamento. Portanto, hoje, um ano mais tarde, é certo que se arriscarão a
comprar um maior número de itens e produtos de valores mais expressivos.
É nesse contexto, a um
clique do concorrente mais próximo, que garantir a performance da retaguarda
faz toda a diferença. Tenha em mente que se o seu site bombar – e tenho a
certeza de que você fará tudo ao seu alcance para que isso aconteça – você
poderá se ver diante de um problema inusitado: a sua página fora do ar. Isso é
mais comum do que se pode imaginar. Lembre-se que até mesmo o serviço do Google
sofreu algumas instabilidades por excesso de buscas ao longo dos últimos anos.
Em dias de Black Friday é
possível estarmos diante de variações como um salto de 100 mil visitas em um
dia para 90 mil visitas em apenas uma hora. Moral da história? Procure saber,
desde já, quais são os horários de maior procura do seu site para se preparar
para o pior/melhor cenário do que virá a ser a demanda durante a principal
semana do varejo on-line. Contrate, a priori, servidores na nuvem pensando
sempre no pico do tráfego que poderá receber. Estamos falando da loucura que
ocorrerá dia 25 de novembro, quinta-feira à noite, véspera da Black Friday, e
na própria sexta, dia 26, pela manhã. De que adianta conseguir, com muito esforço,
chegar a ser o primeiro do ranking do Google e a sua página cair por falta de
link ou de servidor?
Evite, ainda, fazer
grandes mudanças ou alterações estruturais no seu site durante a Black Friday,
assim a página terá mais estabilidade e poderá aproveitar de forma mais
eficiente os serviços de cache. Isso não significa que o seu conteúdo não possa
ser mudado ao longo do tempo, à medida que a Black Friday se aproxima.
Informações como preço, disponibilidade de produto e de frete podem ser
alteradas, sem que o Google considere essas mudanças como uma página totalmente
nova.
O seguro morreu de velho,
já dizia a minha avó. Quando suas páginas saírem do ar ou seu servidor sofrer
lentidão, como uma estratégia de salva-vidas, sugiro que você já tenha à mão
algumas mensagens para substituí-la. Elas podem ser do tipo: “Aguarde por
favor! Estamos com muitos acessos nesse momento”. Vale, ainda, criar um
textinho simpático, como “Atendê-lo hoje, com todo esse tráfego de Black
Friday, é o nosso melhor desafio! Aguarde só mais um pouquinho.” O que não pode
aparecer na tela do seu cliente é “Erro”. Esse seria, de fato, um equívoco
capital.
João Lee - sócio fundador da startup Simplex,
especializada em aumento de tráfego e conversão de vendas on-line.
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