Iniciativa
promove o debate e alerta à população sobre os riscos e a importância do
diagnóstico precoce
No dia 30 de agosto é
celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, que tem
o objetivo de dar mais visibilidade para a doença e de alertar a população a
respeito da importância de um diagnóstico precoce. A data instituída em 2006
faz parte do Agosto Laranja, mês que promove a reflexão e debate questões
relacionadas a essa enfermidade que atinge cerca de 40 mil brasileiros.
A esclerose múltipla é
uma doença autoimune que faz com que as células de defesa do organismo ataquem
o sistema nervoso, atingindo o cérebro, nervos ópticos e medula espinhal. Nesse
processo o sistema imunológico gera reações contra a camada protetora dos
neurônios, chamada mielina, que atrapalha o envio dos comandos do cérebro para
o restante do corpo. Conhecido também como desmielinização, essa
"falha" acontece predominantemente em mulheres jovens, entre 20 e 40
anos, como explica Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e
Hematologista do HC-FMUSP.
"Não existe
comprovação que ateste claramente os motivos para o desenvolvimento da
esclerose múltipla. Entretanto, sabe-se que fatores genéticos e ambientais como
doenças virais, insuficiência de vitamina D por tempo prolongado, exposição a
solventes orgânicos e comorbidades como a obesidade, aumentam os riscos",
afirma.
Apesar dos sintomas
manifestarem-se de formas diferentes em cada indivíduo, os mais comuns são
sensitivos e motores, como a perda da sensibilidade dos membros inferiores ou
de um lado do corpo, fraqueza e dificuldades para se locomover. "A
Ressonância Magnética é um exame fundamental no diagnóstico da Esclerose
Múltipla, pois permite a identificação das lesões típicas no Cérebro e na
Medula Espinhal, em geral, consegue mostrar a presença de uma ou múltiplas
lesões inflamatórias sugestivas de desmielinização", comenta Tatsui.
Apesar de não haver
cura para a esclerose múltipla, técnicas inovadoras como o transplante de
células-tronco da medula óssea garantem resultados promissores no combate à
doença. Um estudo realizado por pesquisadores do Brasil, Suécia, Inglaterra e
os Estados Unidos concluíram que o procedimento é mais eficaz que as medicações
indicadas para o tratamento da enfermidade. A pesquisa, publicada na revista
científica Neurology e apresentada no encontro anual da European
Society for Blood and Marrow Transplantation, revelou que dos 55 voluntários
que participaram somente 6% dos pacientes tiveram reincidência nos sintomas da
esclerose múltipla. "O estudo comprova que 94% dos pacientes tiveram um
ótimo desenvolvimento após o transplante. Sendo assim, o método possibilita a
reconstituição imunológica do doente, proporcionando a ele mais qualidade de
vida", conclui.
Criogênesis
https://www.criogenesis.com.br
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