A poluição
do ar é hoje o maior risco ambiental para todos nós. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), são 7 milhões de óbitos ao ano, devido a
problemas respiratórios causados por poluentes, como a asma e o câncer de
pulmão.
O
Ministério da Saúde do Brasil informa que, 6,4 milhões de pessoas acima de 18
anos sofrem com asma. São sinais de doenças respiratórias a falta de ar e a tosse
constante. Rinite, sinusite e bronquite, assim como a asma, causam impacto nas
atividades cotidianas como praticar exercícios físicos, dormir e até trabalhar.
Outra parcela de mortes analisadas pela
OMS tem como causa a poluição exterior, algo frequente em cidades grandes:
ônibus, carros, indústrias e usinas figuram entre principais responsáveis. A
ocorrência de problemas relacionados é maior em países em desenvolvimento.
No Brasil, a grande fonte de energia
doméstica é a incineração de biomassa. Aliás, em tese, em mais de 90% das
residências da zona rural do mundo, a população pratica a queima de madeira,
carvão, esterco de animais ou resíduos agrícolas para cozinhar e/ou se aquecer.
O resultado é alta produção de poluentes em ambientes internos e externos,
aumentando riscos de infecção respiratória.
A OMS ainda aponta que os grupos mais
prejudicados com a poluição interna são de mulheres e crianças, uma vez que
ficam um período de tempo maior em casa e, consequentemente, sofrendo mais com
a exposição.
É
fundamental que todas as pessoas que fazem uso de madeira e carvão para
cozinhar, por exemplo, sejam informadas a respeito dos males à saúde e de
maneiras alternativas ecológicas.
Também são indispensáveis programas para
diminuir a poluição do ar, bem como medidas que alertem sobre os perigos do uso
de certos combustíveis em casa.
A poluição
do ar precisa ser encarada exatamente em sua essência: problema grave de saúde
e que requer de ações relevantes e urgentes para o bem-estar comum.
Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica
Médica
Nenhum comentário:
Postar um comentário