Amamentação é essencial para um bom desenvolvimento nos primeiros anos de vida
A amamentação é a base da alimentação e da
saúde de toda criança em seus primeiros anos de vida. O aleitamento materno
fornece os nutrientes necessários para a criança crescer e desenvolver uma boca
saudável.
Além disso, o aleitamento é um importante
fator para a maturação e o aumento da musculatura oral, promovendo o crescimento
do sistema estomatognático, isto é, o conjunto de estruturas bucais,
preservando suas funções vitais como a sucção, mastigação, deglutição e
respiração.
Para a cirurgiã-dentista Sylvia Lavínia Martini
Ferreira, presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional
de Odontologia de São Paulo (CROSP), há diversos fatores determinantes
(culturais, sociais e econômicos), que fazem a mulher e sua família optarem
pelo aleitamento materno. “Deve haver o envolvimento de vários setores da
sociedade, desde diretrizes legais e políticas, proteção legal de
apoio às mulheres que trabalham e amamentam, até a formação adequada de
profissionais para qualificar a atenção dos serviços de saúde”, comenta.
Para chamar a atenção para esta
importante iniciativa de saúde pública, entre 1º e 7 de agosto é
celebrada a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), que neste ano
traz o tema “Proteja a amamentação: uma responsabilidade
compartilhada”. A iniciativa foi criada pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação
(WABA, sigla em inglês) e tem apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os cirurgiões-dentistas têm papel fundamental
no apoio e promoção do aleitamento materno. Por meio de consultas regulares,
que devem iniciar antes mesmo do nascimento do bebê, os profissionais da saúde
bucal podem orientar as famílias no desafio de melhorar as práticas com
relação ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, sempre
destacando os seus benefícios.
“A amamentação previne também a má oclusão e a
cárie dentária, por retardar a introdução de alimentos cariogênicos na dieta do
bebê”, completa a cirurgiã-dentista.
A OMS e o Ministério da Saúde orientam
que a amamentação seja exclusiva até 6 meses e complementada até 2 anos ou
mais. Após os seis meses deve-se iniciar a introdução alimentar adequada, com
alimentos in natura ou minimamente processados e manter a
amamentação.De acordo com os resultados preliminares do Estudo Nacional de
Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) do Ministério da Saúde, os índices de
aleitamento materno melhoraram. Após avaliação de 14.505 crianças menores de
cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi constatado que mais da
metade (53%) das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano
de vida. Ainda assim, é uma taxa que precisa alcançar índices maiores,
atingindo cada vez mais crianças e famílias, a fim de ampliar seus
benefícios.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo -
CROSP
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