Ginecologista, Prof. Corintio Mariani Neto, traz dicas
fundamentais para ajudar as mamães nesse momento de descobertas
Acontece entre
os dias 1º e 5 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno, para
conscientizar as mamães de primeira viagem – e também aquelas já viveram essa
experiência – da importância da amamentação. O Prof. Dr. Corintio Mariani Neto,
diretor técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, traz dicas
importantes sobre o assunto. Segundo o Ministério da Saúde: a média nacional de
adesão à amamentação é de 60% no final do primeiro mês, 25% ao completar quatro
meses e em torno de 10% com seis meses completos. Embora dados mostrem aumento
da porcentagem nos últimos anos, o ideal é que esse índice chegue próximo de
100% até o final do 6º mês.
O médico reforça
que há muito a fazer para que se chegue cada vez mais perto do ideal. Para o
ginecologista, as mamães têm muitas dúvidas e preocupações nesse momento tão
importante.
Importante que esteja no cardápio
Dieta balanceada e constituída por carnes magras,
aves, ovos, peixes e frutos do mar, verduras, cereais e frutas. Importante
beber bastante líquido, pelo menos dois litros por dia, especialmente água
natural.
Modere em alguns alimentos
Durante esse período, sugere-se moderação de
alguns produtos que podem provocar alergias ou mesmo gases e cólicas
intestinais na criança, tais como leite de vaca, amendoim, frutas secas, soja,
café, chocolate, refrigerantes, chá preto, mate, feijão, repolho e batata doce.
O peito é o suficiente. Não complemente
Quanto mais a criança suga o peito materno, mais
leite é produzido. Não é preciso complementar a alimentação com fórmula
artificial por meio da mamadeira. Essa introdução precoce do bico artificial
pode levar o bebê a recusar o peito, fazendo que o leite diminua
progressivamente.
Sem pânico, seu leite não é fraco
O entendimento por “leite fraco” é uma causa
muito frequente do chamado desmame precoce. Não existe leite fraco, nem leite
forte, cada mãe produz o leite mais adequado possível para o seu bebê. Só tenha
em mente a importância de conversar com o seu médico para esclarecer todas as
dúvidas com relação aos alimentos ideais para esse momento.
A posição da mamãe faz a diferença
A mãe deverá estar relaxada e confortável, o corpo
do bebê encostado ao seu, com cabeça e tronco alinhados e seu queixo deve tocar
o peito materno. O braço da mãe será o suporte de apoio do bebê.
Não interrompa a mamada para mudar o peito
Quando a criança começa a sugar, ela recebe o
leite chamado “anterior”, que está próximo à saída e que é mais diluído. Depois
de certo tempo, que é variável, começa a chegar o leite “posterior”,
recém-produzido, que é bem mais rico em gorduras e que sacia a fome do bebê.
Sucção perfeita para o bebê
O bebê deverá estar com a boca bem aberta, de
modo a cobrir quase toda a parte inferior da aréola mamária, o lábio inferior
voltado para fora e sua língua acoplada ao peito. Suas bochechas estarão
arredondadas, a sucção será lenta e profunda, intercalada por pequenas pausas,
de modo que se consiga ver e/ou ouvir os movimentos de deglutição. O pequeno
deve sugar a aréola, não o mamilo.
Machucou. E agora?
É preciso estar atenta à posição do bebê, pode
ser o motivo de os mamilos estarem machucados. Corrija a posição e fique
tranquila que a cicatrização das lesões é rápida. Considere a utilização de
cremes, óleos e pomadas que ajudam na cicatrização das lesões, sempre com
indicação do médico.
Mamadas: não programe horários
Não se apegue a intervalos fixos, isso deve ser
bem variado, dependendo da necessidade e a frequência que seu bebê gosta de
mamar. Respeite todas as vontades do pequeno, pois ele não procura o seio
apenas para matar fome, mas também para sede, conforto, aconchego e
segurança. Assim, não hesite em colocá-lo para mamar.
Nova gravidez. Posso me proteger?
Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no
período da amamentação. Para prevenir, é necessário que a amamentação seja exclusiva
com as mamadas frequentes e nenhum intervalo superior a seis horas entre uma e
outra. Também recomenda-se que a mamãe adote algum método contraceptivo a
partir da sexta semana após o parto. Importante conversar com o médico para a
escolha do método mais indicado.
Pílulas especiais para esse momento
Existem as
minipílulas e as pílulas só de progestagênio em dose maior, ideais para esse
momento. Ambas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como
são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem tampouco
interferem na sua qualidade e volume.
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