ONG Visão Mundial, em parceria com Editora Aletria, lança jogo Não me toca, seu boboca, uma adaptação do livro sobre o enfretamento a situações de abuso e violência sexual
Qual a melhor forma
de ensinar crianças e adolescentes a diferenciarem carinho de assédio? Ao falar
sobre abuso sexual, é necessário usar a linguagem adequada para cada idade. É
importante que a forma apresentada e os materiais didáticos usados tenham
representatividade, para que haja identificação e maior compreensão. Pensando
nisso, a Visão Mundial lança o jogo pedagógico Não me toca, seu
boboca, envolvendo a temática do enfrentamento ao abuso e à violência
sexual contra crianças e adolescentes. O jogo é inspirado no livro, de mesmo
nome, da autora Andrea Taubman, publicado pela Editora Aletria, parceiras da
ação. O jogo também conta com a parceria de Daniel Martins, da D+1 Design e
Jogos.
Mais de 95 mil
denúncias de violência contra crianças e adolescentes foram registradas em
2020, e a cada hora, três crianças ou adolescentes são violentados sexualmente
no Brasil, segundo dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100) divulgados
pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. "Com a
pandemia da COVID-19, as crianças estão isoladas, em casa, muitas vezes
convivendo mais tempo com abusadores. Precisamos ensinar, de forma criativa,
sobre partes do corpo, limites e sobre como buscar ajuda caso presencie ou
sofra alguma situação de abuso ou violência sexual", alerta a gerente
de programas da ONG Visão Mundial, Ruth Lima.
Segundo a gerente da
Visão Mundial, que também é educadora, essa é uma maneira de promover à criança
acesso a oportunidades de aprender brincando. "É importante falar na
linguagem da criança, ensinando ela a se comunicar quando acontecer algum
abuso. O jogo pedagógico ensina a diferenciar o tipo de carinho, mostrando que
ninguém pode tocar, sem permissão, deixando claro o que pode e não pode. É uma maneira
de contribuir com a compreensão da criança para que ela aprenda a proteger a si
e aos seus pares contra abusos, abordando o tema de maneiras diferentes,
incentivando a denúncia feita diretamente por crianças e adolescentes. Assim
como o livro, o jogo fala a língua da criança e abre portas que podem não ser
abertas em uma conversa formal", comenta.
O jogo, na mesma
linha do livro, conta a história da Ritoca, uma coelha que percebe que o novo
morador, a quem a turma de amigos chamou de Tio Pipoca, embora pareça todo
bonzinho, na verdade não respeita seus direitos e seu corpo. O jogo aborda a
violência sexual contra crianças e adolescentes, falando na linguagem da
criança, um tema muito importante e difícil de ser conversado. A duração de
cada jogada é em média de 25 minutos. A faixa etária indicada é para crianças
com mais de 5 anos, podendo participar de 1 a 6 jogadores, podendo ou não ser
moderado e guiado por uma pessoa adulta, que lê as instruções e ajuda nas
dinâmicas.
Também pensando em
distribuir o jogo em escolas e em organizações que realizam atividades com
crianças e adolescentes, foi produzido um guia que apoia educadores com
sugestões de atividades adicionais que potencializam o processo de
ensino-aprendizagem a partir da lógica do tema contida no jogo.
Juntos pelas
crianças contra a COVID-19
Desde o início da
pandemia, a Visão Mundial tem atuado na resposta à essa emergência de saúde,
concentrando seus esforços em atender as necessidades das populações mais
vulneráveis, principalmente as crianças. O jogo faz parte do Kit Contra o Abuso
Sexual, um dos kits da ONG Visão Mundial voltados para o compromisso de
proteção da infância e famílias em situação de vulnerabilidade, principalmente
nesse momento crítico da pandemia. Para saber mais sobre essa ação e como doar,
acesse: https://visaomundial.org/covid19/
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