Detecção precoce do HPV, principal causador da doença, é fundamental para o diagnóstico antecipado e sucesso no tratamento
Considerado o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o câncer de colo do útero acometeu aproximadamente 16 mil brasileiras somente no ano de 2020, levando praticamente metade delas, à morte. Por ser considerado há muitos anos como o mês da mulher, o Março Lilás tornou-se um momento propício para a campanha que alerta para as formas de prevenção e diagnóstico precoce da doença, principalmente por ser um tipo de câncer previsível.
Diversos estudos ao redor do mundo, concluíram que 13 tipos do HPV
(Papilomavírus Humano) são os principais causadores do câncer de colo do útero.
Embora o vírus seja combatido pelo organismo na maioria dos casos (90%), existe
uma parcela de mulheres que não têm a mesma sorte e seu sistema imunológico
perde essa batalha. A presença prolongada do HPV no organismo acaba causando
lesões no colo do útero, que evoluem de forma maligna para o câncer. Portanto,
o ideal é realizar periodicamente os exames preventivos que possam identificar
a presença do vírus, antes mesmo que uma lesão seja estabelecida.
Com os avanços da medicina, um dos métodos que tem demonstrado resultados
eficazes, desenvolvido por meio da testagem molecular, é a Captura Híbrida. Por
ser um teste mais sensível, pois detecta o material genético (DNA) do vírus
HPV, não é necessária a presença da lesão para ser detectado e pode ser
realizado em mulheres a partir dos 25 anos de idade. A partir de um resultado
negativo, a recomendação de novo rastreio é a partir de cinco anos.
O índice de sucesso da Captura Híbrida pode ser comprovado mundialmente. Ele
permite identificar 13 tipos do HPV de alto risco oncológico. "A testagem
molecular existe há mais de vinte anos e está entre os testes mais utilizados
pelos médicos para rastreio genético do HPV. Até hoje, mais de 100 milhões de
mulheres já foram testadas globalmente. Além disso, temos estudos clínicos que,
ao serem somados, já testaram mais de 1 milhão de mulheres em todo o mundo.
Dessa forma, temos uma vasta literatura científica apontando os benefícios da
Captura Híbrida. Vale ressaltar que esse é um teste robusto, possui diversos
controles e calibradores, o que garante um resultado confiável", aponta
Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina - multinacional alemã
especialista em tecnologia para diagnóstico molecular.
De acordo com o médico ginecologista livre-docente da UNIFESP (Universidade
Federal de São Paulo), Dr. Sérgio Mancini Nicolau, o teste molecular é muito
mais eficaz, quando comparado a outros métodos, e apresenta um custo efetivo
que deve ser considerado. "Estudos demonstraram que mais de 80% das
mulheres já apresentavam o HPV, após cinco anos de início da vida sexual. É uma
infecção transitória em 90% dos casos, porém, naquelas que persistem, é grande
a chance de desenvolver o câncer de colo do útero. A realização da Captura Híbrida
em mulheres acima dos 25 anos pode trazer inúmeros benefícios para a população
e para o país", declara o especialista.
QIAGEN
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