Brasil perde, anualmente, R$ 220 bilhões quando jovens não concluem a educação básica
A
pandemia do novo coronavírus tem trazido desafios novos para os jovens
brasileiros, fazendo com que muitos não tenham acesso às atividades escolares e
estejam em risco de abandonarem a escola. Foi o que apontou a pesquisa
Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, realizada pelo Conselho Nacional da
Juventude (Conjuve) em parceria com diversas entidades. O estudo, realizado em
maio de 2020, mostrou que três em cada 10 jovens já tinham pensado em não
retornar às aulas desde o início da pandemia.
As
consequências e os custos da evasão escolar para os jovens e o país são
imensos. Anualmente, o Brasil perde R$ 220 bilhões devido à evasão escolar, de
acordo com o estudo “Consequências da Violação do Direito à Educação”, realizado
pelo Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), em parceria com a Fundação
Roberto Marinho, e disponível na Plataforma Gente. Para ler, acesse aqui.
As consequências dessa realidade podem ser medidas em quatro dimensões:
empregabilidade e remuneração, efeitos que a remuneração tem para a sociedade,
qualidade de vida e violência. A pessoa que não chega a se formar na educação
básica recebe remunerações entre 20% e 25% inferiores ao que receberia se
tivesse concluído.
O
estudo mostrou também perda econômica no valor estimado de R$ 54 mil para a
sociedade quando o jovem não conclui a educação básica. Isso sem citar que a
educação é uma das formas de se promover a cultura da paz. Na prática, para
cada ponto percentual de redução na evasão, há 550 homicídios a menos a cada
ano.
A
educação é direito de todos, dever do estado e garantida na Constituição
Federal. O estudo mostra que os reflexos da evasão escolar não são individuais,
mas coletivos e, principalmente, econômicos. E no atual cenário de pandemia, e
pós-pandemia, os números podem ser ainda maiores.
Plataforma Gente
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