A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma
doença endocrinológica, em que há desequilíbrio causado pelo aumento da
produção de hormônios masculinos no corpo feminino. As causas ainda não são
conhecidas, mas conforme especialistas, podem envolver uma mistura de genética,
comportamento e estilo de vida com fatores do ambiente. Pixabay
Em alguns casos, a suspeita é de que a doença
esteja relacionada ao excesso de produção de insulina que pode estar ligada a
uma inflamação interna. Entre as funções do hormônio, está dar o sinal para os
ovários produzirem testosterona.
O ovário policístico é uma síndrome tratável e
muito comum, que atinge de 5% a 10% das mulheres em idade fértil. Ao mesmo
tempo, é subnotificada. Especialistas apontam que sete entre dez não sabem que
a possuem e, por isso, não recebem o tratamento adequado.
A SOP está associada a impactos na saúde da
paciente a curto e longo prazo. Pode levar ao aumento de risco para
desenvolvimento de outras doenças como depressão e ansiedade, câncer de
endométrio, ataque cardíaco, diabetes tipo 2, apneia do sono, doenças
cardiovasculares, acúmulo de gordura não alcoólica no fígado.
É importante conscientizar as mulheres a respeito
da SOP, para que ocorram diagnósticos que levem à medicação adequada, que
contribui para prevenir riscos à saúde a longo prazo.
Sintomas de ovário policístico
Conforme os estudos médicos, para se chegar ao
diagnóstico, além da exclusão de outras patologias, a mulher deve apresentar
pelo menos dois sintomas combinados. O primeiro deles é o hiperandrogenismo
clínico e/ou laboratorial, ou seja, o excesso de hormônios masculinos no
organismo que pode causar crescimento de pelo facial e corporal e cabelo
ralo.
A irregularidade menstrual aparece em 85% das
pacientes diagnosticadas. Outro sintoma é a anovulação, que é a ausência de
ovulação, quando o óvulo não é liberado pelo ovário e não pode haver
fecundação. Por último, pode haver aumento do volume ovariano ou alteração na
morfologia dos ovários com a presença de cistos que parecem
saquinhos.
Além deles, outros sintomas são acne e problemas de
pele, dificuldade de fertilidade, aumento de peso especialmente em torno do
abdômen e resistência contra a insulina. Neste caso, há maior predisposição aos
sintomas e às complicações da doença.
Os sintomas podem aparecer na primeira menstruação
ou se tornarem aparentes com o tempo, em especial, após ganho de
peso.
Diagnóstico da SOP
O
ginecologista pode desconfiar de síndrome do ovário policístico
se houver dois dos principais sintomas presentes. Diante disso, irá questionar
sobre o histórico médico, menstrual e familiar da paciente.
Na investigação, são solicitados exames de sangue
para conferir os níveis dos hormônios testosterona, TSH, prolactina e o teste
de açúcar no metabolismo. Os hormônios ajudam a identificar as possíveis
causas, entre elas, a SOP.
A mulher também deve fazer exames de imagem, como a
ultrassonografia transvaginal ou um ultrassom pélvico para ter detalhes do
estado de ovários e do útero.
Tratamento da síndrome
Em linhas gerais, o objetivo do tratamento é
restabelecer a ovulação regular para ajudar a minimizar os sintomas. Para isso,
o especialista tende a optar por duas abordagens: uso de medicamentos e a
implantação de mudanças no estilo de vida.
Podem ser receitados anticoncepcionais, remédios
antidiabéticos e antiandrógenos para ajudar a equilibrar os hormônios, além de
opções para regular o açúcar no sangue. Para obter o resultado positivo, a
mulher deve implantar mudanças optando por uma dieta equilibrada, exercícios
físicos e busca por um estilo mais saudável de vida.
O diagnóstico precoce permite que as pacientes
recebam o tratamento adequado e individualizado, para minimizar os sintomas e
prevenir complicações no futuro.
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