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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Dia Nacional da Mamografia (5/2): Afinal, o exame deve ser realizado aos 40 ou 50 anos?


Estudos recentes realizados na população brasileira, evidenciaram que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos


Em 5 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional da Mamografia, com objetivo de conscientizar a população que o exame é o mais importante na detecção precoce do câncer de mama, ou seja, o rastreamento. “Sabemos que, quando diagnosticado em sua fase inicial, o câncer de mamatem mais de 90% de chance de cura. Isso pode ser conseguido com a realização do exame em mulheres assintomáticas e que se encontram em uma faixa etária na qual existe uma relação favorável entre benefícios e riscos do exame”, explica Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

Segundo a médica, os avanços no tratamento do câncer de mama obtidos ao longo das últimas décadas levaram a um aumento significativo na chance de cura e a uma redução no risco de morte pela doença. “No entanto, ainda hoje, uma em cada oito mulheres receberá o diagnóstico de câncer de mama em algum momento da vida, até os 65 anos de idade. Esse dado alarmante é, porém,acompanhado de uma informação tranquilizadora: a disponibilidade de uma excelente ferramenta para o diagnóstico precoce da doença, a mamografia”, afirma.

De acordo com o oncologista, Leonardo Roberto da Silva, também do Grupo SOnHe, grandes estudos clínicos, que incluíram mais de 500 mil mulheres, comprovaram o benefício da mamografia. “Os resultados mostraram que as mulheres que faziam mamografia regularmente apresentavam uma redução no risco de morte por câncer de mama entre 10% e 35%, quando comparadas às mulheres que não faziam a mamografia. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que esse exame seja realizado a cada dois anos entre os 50 e 69 anos de idade. No entanto, pesquisas recentes realizados na população brasileira, evidenciaram que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos. Além disso, muitos desses casos são identificados em estados mais avançados da doença, o que reduz significativamente as chances de cura. Assim, as recomendações atuais do Ministério da Saúde excluem uma faixa importante da população do programa de rastreamento (mulheres com idade entre 40 e 49 anos), o que pode resultar em maior mortalidade por câncer de mama, uma doença que ainda não é facilmente evitável”, lamenta o médico.

Os especialistas afirmam que diversas sociedades médicas vêm recomendando a realização da mamografia a partir dos 40 anos. “Há estudos mais recentes, que comprovam que tal estratégia está associada a benefício em termos de diagnóstico precoce e redução do risco de morte por câncer de mama nessa faixa etária. Atualmente, existe um Projeto de Decreto Legislativo (número 679/2019) que propõe assegurar a realização da mamografia de rastreamento para as mulheres a partir dos 40 anos, no Sistema Único de Saúde (SUS). O Projeto já foi aprovado no Senado Federal e, atualmente, se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados”, finaliza Dra. Vivian.





Vivian Castro Antunes de Vasconcelos - formada em oncologia clínica pela Unicamp, é oncologista do Caism/Unicamp. Mestre pela FCM-Unicamp. Doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é sócia do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do CAISM e do Hospital Madre Theodora.




Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do Caism/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. É mestre em Oncologia Mamária pela Unicamp e doutorando na área de Oncologia Mamária pela FCM-Unicamp, com extensão na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium Instituto de Oncologia, no Hospital e Maternidade Madre Theodora e no Hospital Santa Tereza.





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