O alto volume de exames, consultas e terapias
realizadas pelos usuários na rede terceirizada está impactando os custos dos
planos de saúde. Uma pesquisa inédita da It’sSeg, terceira maior corretora de
seguros do país especializada em gestão de benefícios, revela que o desembolso
de despesas das operadoras de saúde com atendimento de beneficiários na rede
terceirizada é 484% superior ao registrado na rede própria.
O levantamento contemplou cerca de 165 mil vidas
distribuídas em diversas operadoras de planos de saúde (medicinas de
grupo, cooperativas médicas e seguradoras), em 80 clientes da Its’Seg e com
apuração de dados de setembro de 2016 a agosto de 2019.
Os objetivos dessa pesquisa foram identificar as
médias dos exames e terapias geradas a cada consulta ambulatorial e o custo
deste pacote de atendimento nos últimos três anos, além de avaliar a eficiência
das redes verticalizadas das operadoras de saúde. Foram observados os custos de
eficiência de 12 operadoras a partir das despesas geradas pelos beneficiários
atendidos exclusivamente por redes próprias, terceirizadas ou por operadoras
com ambos formatos de atendimento (terceirizadas e próprias).
O estudo apontou a operadora A, com rede
exclusivamente terceirizada, como campeã em desembolso com despesas
ambulatoriais com seus usuários, totalizando R$ 788,01. Em contrapartida, os
gastos dos beneficiários da operadora L, que possui rede própria, foi de R$
134,86, registrando diferença de 484,3%. Essa grande variação também foi notada
na quantidade de exames e terapias realizados pelos usuários das duas
operadoras. Na operadora A foram 4,58 exames e 0,80 terapias por consulta,
enquanto que na operadora L foram 1,10 exames e 0,13 terapias por consulta.
“O número de redes total ou parcialmente
verticalizadas tem crescido. Com hospitais e especialistas próprios, as
operadoras acabam buscando melhoria em sua gestão, redução de custos, menor tempo
entre a ocorrência do atendimento e o aviso dos sinistros, além de menores
provisões. Essas estratégias têm ajudado essas redes a monitorarem seus
indicadores e a compor custo de eficiência mais sustentável, medida
extremamente necessária para a longevidade das operadoras”, explica Thomaz
Menezes, presidente da It’sSeg.
Ao avaliar operadoras com perfil de comercialização
similar, se observa que as despesas da Operadora F, exclusivamente de rede
terceira, chegaram a R$ 190,97 e na operadora L, com rede própria, a R$ 134,86,
apontando variação de 41,6%. O desvio é também observado na média de exames e
terapias por consulta, que na Operadora F é de 2,30 e 0,47 e na operadora L
1,10 e 0,13, respectivamente.
Mas a menor diferença apontada na pesquisa apareceu
entre os beneficiários atendidos totalmente pela rede própria das operadoras.
As despesas da operadora K chegaram a R$ 144,02 e na L, R$ 134,86, apontando
variação de 6,8%. E foi justamente nessa categoria onde também apareceram as
menores quantidades de exames e terapias por consulta. Na K, 2,84 e 0,29,
enquanto na L, 1,10 e 0,13.
“Essa drástica diferença de despesas e consequente
volume de exames e terapias entre as operadoras mostram que as redes
verticalizadas apresentam custo de eficiência bem mais satisfatório. É um
indicador valioso e que serve de alerta para que outras operadoras revejam suas
estratégias de negócios”, finaliza Thomaz Menezes.
It’sSeg
Company
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