Nem todos se
dizem satisfeitos e muitos falam em falta de motivação
A maioria
das pessoas passa grande parte de seu tempo no emprego. As principais horas do
dia são dedicadas aos afazeres ligados à empresa e ao alcance de resultados.
Por isso, gostar das atividades realizadas e do ambiente em geral é fundamental
para uma jornada mais saudável e alegre. Porém, e você, é feliz no seu trabalho
ou estágio? Esse foi o tema de investigação da última pesquisa feita pelo Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, entre
10 e 21 de junho. Para isso. foram analisadas as respostas de 18.484 pessoas
entre 15 e 28 anos. O resultado apontou para um mercado misto.
As novas
gerações trouxeram um ar inovador para o mundo corporativo e, por isso, hoje
ocorre um forte investimento em infraestrutura nas organizações. Assim, há
espaços para descompressão, home office, horários flexíveis e
gestão humanizada, elevando a sensação de qualidade de vida. Por conta disso,
38,19%, ou 7.059 participantes revelaram: “sim, sou muito satisfeito”. Para a
coordenadora de treinamento do Nube, Rafaela Gonçalves, a chama para esse
sentimento acender é o autoconhecimento. “Cada um precisa saber qual
característica em uma oportunidade é de fato a principal fonte de motivação.
Por isso, fazer uma reflexão e tentar encontrar companhias de acordo com as
expectativas é essencial”, ressalta.
Ainda
assim, quase na mesma proporção, 34,80% (6.433) disseram: “não, estou
fora do meu emprego dos sonhos”. Para esses, é importante lembrar sobre o poder
de escolha. “Podemos ser os agentes de mudança. Assim, dar sugestões,
incentivar nossos colegas e nos dedicar a pequenas ações positivas visando
modificar completamente o clima e tornar o local melhor”, indica a
especialista. Caso isso não seja possível, é válido fazer um bom planejamento,
se preparar, investir em cursos extras e buscar novas oportunidades. “Nessa
transição, é sempre adequado ser ético e responsável e evitar problemas com a
empresa atual”, enfatiza Rafaela.
Com
21,82%, 4.034 pessoas afirmaram: “sim, mas às vezes me falta estímulos”. Por
outro lado, 1,27% (234) ponderaram o quanto seu contentamento está atrelado aos
colegas e, com isso, compartilharam: “depende, sou muito influenciado pelos
outros”. O engajamento é algo extremamente pessoal e é necessário buscar
internamente fatores para aflorar pontos positivos na rotina. Além disso, ficar
próximo de quem se destaca e possui comportamento construtivo auxiliará. “Para
as corporações, fica a questão de ouvir suas equipes, serem transparentes e
alinharem as expectativas, investindo em ações capazes de fazer a diferença”,
avalia a coordenadora.
Por fim,
há também a parcela de quem “odeia as atividades”. Essa foi a resposta concedida
por 3,92% (724). Diante dessa realidade, o conselho é falar com o gestor e
verificar se há possibilidade de troca de algumas responsabilidade com algum
integrante do time. “Muitas vezes só estamos esgotados por fazer a mesma coisa
durante um longo período. Logo, um respiro traz de volta o ânimo”, garante
Rafaela.
Em todo
caso, valorizar o aprendizado adquirido diariamente, mesmo não sendo o emprego
estimado, é um importante passo para a carreira. ”Nossa trilha profissional é
mutável, portanto, basta identificar quais práticas dão maior prazer e dedicar
o tempo e esforço em busca dessas realizações”, finaliza.
Fonte: Rafaela Gonçalves, coordenadora de treinamento do Nube
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