Exames moleculares de histocompatibilidade
permitem a identificação e comprovação da compatibilidade
Créditos: divulgação
Créditos: divulgação
No primeiro semestre de 2018, o Brasil registrou um
aumento de 7% no número de doadores de órgãos, de acordo com a Associação
Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Apesar de a fila ainda ser grande,
chegando a quase 33 mil pacientes, o Ministério da Saúde espera que sejam
realizados mais de 26 mil transplantes de órgãos e tecidos até o final deste
ano. Entre os mais comuns estão os de coração, fígado, pâncreas, pulmões e
rins. Além desses, tecidos como medula óssea, córneas, valvas cardíacas e vasos
sanguíneos também podem ser transplantados.
Considerado o segundo país com maior número de
transplantes realizados, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo informações
do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da ABTO, o Brasil possui o maior
índice de aprovação de doações e é considerado referência mundial em
transplantes. A lista de espera para o procedimento é organizada de acordo com
a gravidade do caso e a escolha dos receptores são feitas, preferencialmente,
de forma regional. "A compatibilidade entre doador e receptor é o maior
desafio do transplante. No pós-transplante medicamentos imunossupressores
ajudam a adequar o sistema imunológico contra a rejeição de um órgão ou
medula", explica o gerente de laboratório da Biometrix Diagnóstica,
Marcelo Mion, que atende todos os laboratórios de histocompatibilidade e
imunogenética do Brasil. “Quanto maior a compatibilidade HLA menor o índice de
rejeição. Com os exames buscamos a máxima compatibilidade entre doador e
receptor”, enfatiza Mion.
Exames moleculares de histocompatibilidade
permitem a identificação e comprovação da compatibilidade e são
considerados de altíssima precisão e com resultados rápidos. Mion explica que,
primeiro, o paciente passa pela classificação genética e, logo depois, são
iniciadas as buscas por um doador da própria família. No caso de órgãos
sólidos, existe a probabilidade de doador falecido ou em medula óssea a busca
de doador através do REDOME ou bancos internacionais. “Por último, é feito o
exame de prova cruzada. Pode-se dizer que ele simula um transplante in
vitro", diz o gerente. Quando a prova cruzada apresenta resultado
positivo, significa que o risco de rejeição após o transplante é maior.
Assunto é tema de congresso
Em outubro, cerca de mil profissionais da área de
saúde participarão da reunião anual promovida pela American Society for
Histocompatibility & Immunogenetics, em Baltimore, no estado de Maryland,
Estados Unidos. Entre eles, o CEO, Hallison Almeida, o gerente do laboratório,
Marcelo Mion, e a assessora de desenvolvimento de produto, Thereza Carvalho, da
Biometrix Diagnóstica. Serão cinco dias de evento, de 1º a 5 de outubro, com
palestras, workshops e atualizações sobre histocompatibilidade, imunogenética e
imunologia de transplantes.
Biometrix Diagnóstica
Nenhum comentário:
Postar um comentário