Segundo a Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP), em média 37 crianças e adolescentes de até 19 anos sofrem com
intoxicação por medicamentos todos os dias. A mesma pesquisa revela que a
exposição errada aos fármacos já fez mais de 245 mil vítimas de casos de
intoxicação nos últimos 18 anos. Mais da metade dos casos ocorreram com
crianças menores de quatro anos.
Preocupada com a saúde e bem-estar do
bebê ao idoso, a rede de farmácias Extrafarma consultou seus farmacêuticos
Thaís Pereira e Adriano Ribeiro para identificar os principais cuidados para
manter a segurança das crianças quando o assunto é medicação.
1. Mantenha os medicamentos fora do
alcance das crianças
Essa
é uma medida importante para evitar que crianças façam a ingestão de
medicamentos acidentalmente. Para prevenir a intoxicação dos menores,
recomenda-se guardar os medicamentos em local alto ou em recipientes que possam
ser trancados. “Dentro das bolsas, onde muitos costumam carregar medicamentos
de uso diário, é importante ter um compartimento só para medicamentos e nunca
misturar esses produtos com balas e outros doces. Ao conviver com crianças, os
cuidados devem ser redobrados”, alerta a farmacêutica Thaís Pereira.
2.
Nunca associe a ingestão de medicamentos à ingestão de doces
Sob
prescrição médica, quando uma criança precisar tomar uma medicação, o ideal é
que o responsável nunca diga que é doce ou bala para convencê-la a ingerir o
medicamento. Ao adotar essa abordagem, o menor, sem conhecer os riscos da
ingestão desnecessária dos medicamentos, pode querer experimentar as
substâncias em horários ou doses erradas. “Seguindo orientações de
profissionais da saúde, é importante ser sempre sincero com os menores quando
se trata de medicação, sobretudo quando eles já são capazes de assimilar as
informações. Fale a verdade para as crianças, explique porque ela precisa do
medicamento, para que serve e o que ele trará de benefícios”, explica Adriano
Ribeiro.
3.
Saiba se um medicamento pode ou não ser tomado com alimentos e/ou líquidos
Ter
esse conhecimento é importante para evitar que o medicamento perca seu efeito
ou provoque reações adversas no organismo da criança. Por exemplo, se um
medicamento deve ser tomado em jejum, é sinal que a comida influencia na
absorção do medicamento pelo organismo. Em outras situações, quando um
medicamento deve ser tomado junto com a refeição, é provável que seu efeito
seja muito forte. Com essa recomendação, procura-se evitar dores de estômago
nas crianças.
4.
Siga a dose correta
É comum
medicamentos para crianças serem apresentados na forma de xarope, solução ou
gotas, para facilitar a ingestão. Contudo, é importante que a medicação seja
administrada seguindo a prescrição médica, usando os doseadores que vêm na
embalagem. Esses produtos contêm marcas que indicam os valores e contribuem
para que a criança, com o apoio de um adulto responsável, ingira sempre a mesma
dose recomendada.
“Quando a
criança vomita até 15 minutos depois de tomar o remédio, é recomendado voltar a
repetir a dose, pois é pouco provável que tenha havido absorção do medicamento
no organismo. Mas, se a criança voltar a vomitar ou se o vômito acontecer
depois desse tempo, deve-se consultar o pediatra que receitou o medicamento
para saber o que fazer e não colocar a saúde da criança em risco”, reforça o
farmacêutico da Extrafarma.
5.
Repasse as orientações aos demais responsáveis pelos menores
Quando o
responsável direto pela criança estiver ausente e outra pessoa ficar em seu
lugar, é preciso que ela esteja ciente das condições de saúde do menor, se ele
está ingerindo algum medicamento e quais as doses e os horários corretos para
ministrá-lo. Reforce ainda a orientação sobre a necessidade de guardar o
remédio no lugar certo depois.
Thaís e
Adriano completam que os farmacêuticos estão sempre à disposição do público
para esclarecer todas as dúvidas quanto à forma de administração,
armazenamento, horário e dosagem de medicamentos. Com a receita em mãos, o
primeiro passo após a saída da consulta com um médico ou pediatra é contar com
a orientação desses profissionais para dar sequência ao tratamento e cuidar da
saúde das crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário