O que
fazer para evitar a ação criminosa e como a tecnologia aliada ao preparo pode
ajudar?
O
número de roubos e furtos a condomínios cresce em todo o Brasil, sendo somente
no estado de São Paulo uma alta de 56% — de acordo com os dados da Secretaria
de Segurança Pública (SSP). Foram 1.300 crimes registrados entre janeiro e
abril deste ano; enquanto no ano passado o número foi menor, 832. Em julho foi
noticiado o caso de um condomínio na Mooca em que uma moradora estava envolvida
no assalto.
Diante
de uma violência cada vez maior é evidente que os criminosos não têm se sentido
mais intimados por câmeras e alarmes ou outros apetrechos tecnológicos.
Obviamente que eles não se tornam dispensáveis por isso, mas os números e o
envolvimento de um morador dizem muito sobre a segurança atual dos condomínios,
que acreditam estar "protegidos". Temos, então — no que diz respeito
à segurança —, uma falta de estudo e análise da estruturação do próprio
condomínio.
Antes
de mais nada é preciso ter um amadurecimento interno e que todos os envolvidos
na movimentação diária do condomínio compreendam bem o seu papel. Primeiro, no
que se refere à tecnologia, é preciso avaliar a estrutura física da construção
e analisar possíveis pontos fracos que mereçam mais atenção. Assim, será
possível determinar qual o melhor equipamento e o mais adequado para aquele
ponto ou para todo o prédio de forma geral — o que é essencial para a
eficiência, assim evitando o desperdício do investimento e, claro, aumentando a
segurança dos moradores.
É
preciso ir além da tecnologia e pensar nos portões de circulação de moradores e
visitantes, assim como o de veículos. E, por incrível que pareça, o portão de
entrada é o alvo de 90% dos crimes que ocorrem dentro do condomínio. Portanto,
o uso de sistemas eletrônicos e um reforço especial de segurança podem ser
bastante eficazes para o controle de tudo o que acontece ao redor e dentro do
próprio condomínio.
No
entanto, lembre-se de que a tecnologia pode falhar. Ela depende de manutenção,
reparos, energia e internet. Por isso, a sua principal atenção e reforço da
segurança deve ser em uma equipe bem-treinada e preparada. Grande parte dos
assaltos, roubos e furtos, nessas áreas de moradia acontecem por despreparo da
portaria — ou muitas vezes as ações criminosas são evitadas justamente por seu
preparo. Os arrastões em condomínios se dão — em grande parte — pela desatenção
de porteiros, pois a instrução do funcionário é, hoje, a maior arma de combate
contra esses tipos de crimes. O ideal é investir em tecnologia e em
treinamento.
Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS
Terceirização. www.gsterceirizacao.com.br
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