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terça-feira, 26 de junho de 2018

Paciência: uma aliada na carreira


10 dicas para se ter paciência

Se tem um ícone que representaria bem a paciência é a imagem em que um anjo e um diabo estão nos ombros da pessoa, cada um sugerindo o que considera a melhor resposta para certas situações. A sabedoria está em saber equilibrar essas opções.

Para o professor de MBA da FGV, Luciano Salamacha, a paciência é fundamental para o mercado corporativo. Representa a tolerância com os erros dos outros e o próprio, o autocontrole, a resiliência, a concentração, o foco, a educação e, principalmente, a humildade que é fundamental na vida e no trabalho.

Para Luciano Salamacha, essas são as principais qualidades de um profissional que podem potencializar o crescimento na carreira.  

Salamacha, que é consultor de empresas, lembra que não somos máquinas e que variamos conforme o dia, ora mais pacientes, ora menos. Falta de dinheiro, de saúde, a política, a família tudo isso pode afetar esse termômetro que mede a paciência. E essa área, tão sensível para algumas pessoas, pode mudar simplesmente com uma fechada no trânsito logo pela manhã e se prolongar pelo dia inteiro.

Não há dúvidas que paciência é uma grande virtude, mas e em excesso?

Salamacha adverte que paciência demais também não é um fator positivo de um profissional. Não se pode confundir paciência com passividade. Salamacha diz que não se pode, em nome da paciência, perder o “tempo certo” da cobrança de um resultado, ou da entrega de um relatório, ou da falta de envolvimento num projeto. Pessoas extremamente pacientes são tão nocivas quanto as impacientes. Enquanto a primeira não faz as coisas acontecerem, a segunda atropela os fatos e pessoas. O ideal está no equilíbrio.

Como saber se nossa paciência está equalizada nas relações com os superiores na empresa? O professor Luciano Salamacha orienta que sempre é bom ter conhecimento sobre o que o chefe imediato pensa sobre nós. Uma conversa franca pode abrir horizontes para nossa carreira, mas Salamacha avisa “tenha paciência para ouvir críticas. “

O professor  e gestor de carreiras dá 10 conselhos para manter a paciência:

* Quem pensa sempre em realizar as próprias vontades, não forma equipes porque é um egoísta. Coloque-se sempre no lugar do outro.

* Entenda e aceite que as pessoas têm conhecimentos e limitações diferentes do seu. Tenha humildade.

* Compreenda que o trabalho depende de uma equipe e que um time bom tem talentos diferentes. Aceite a diversidade.

* Coloque a educação em primeiro lugar. Ela pode frear a falta de paciência. Não devolva a grosseria do outro com a mesma atitude.

* Para pessoas extremantes inquietas, o ideal é buscar a prática de filosofias como yoga, akido, shiatsu ou meditação. Mire-se no exemplo dos orientais que são os pais da paciência.

* Realize trabalhos  manuais que dependem de concentração e calma. É um ótimo exercício para a cultivar paciência.

* Dê limite a sua paciência. No caso do mercado corporativo isso pode se chamar de prazo. Mas lembre que a régua que você utiliza para medir seu comportamento não pode ser curta.

* Crie um gatilho mental  quando perceber que está perdendo a mão em alguma situação. Recobre a paciência imediatamente usando qualquer um dos conselhos.

* Se perceber que a paciência foi embora. Respire fundo, saia do local, tome um chá ou uma água. Areje seu cérebro e sua alma. Alguns minutos podem ajudar a recobrá-la.

* Lembre-se sempre dos bons resultados que a sua paciência trouxe em outras ocasiões. Pense nas consequências se perde-la e, se premie mentalmente quando conseguir controlá-la. 

O professor ainda recomenda que ao  traçar uma meta para o crescimento na carreira, tenha sempre em mente que a paciência é fundamental para chegar onde se deseja.

Para Salamacha não há dúvidas: “as melhores decisões são tomadas com  paciência."







Luciano Salamacha - Mestre em Engenharia de Produção, com MBA em Gestão Empresarial e Pós-Graduação em Gestão Industrial. É palestrante, professor em programas de Pós-Graduação e Mestrado em instituições de ensino no Brasil, Argentina e EUA. Docente no Instituto Olímpico Brasileiro e na FGV Management, onde foi por sete anos considerado o melhor professor de Estratégia de Empresas nos MBAs, e um dos poucos professores que foram laureados para o Quadro de Honra de Docentes.

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