Segundo
levantamento, a grande maioria prefere dialogar, contudo, há também quem queira
tornar o dia a dia do gestor mais difícil
Inteligência emocional é um dos
fatores mais importantes no mercado de trabalho. Afinal, conseguir controlar
seus sentimentos é o primeiro passo para evitar conflitos. Ainda assim, para
muitos, especialmente quando se é mais novo, há uma grande dificuldade nesse
processo e nem todas as relações se dão da melhor forma possível. Levando em
conta essa realidade, o Nube
- Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo, a fim de
responder a seguinte pergunta: “Se você tem problemas com o seu chefe, o que
faz?”. O resultado apontou maturidade por parte da juventude.
A pesquisa ocorreu com 27.359 jovens
de todo o país, com idade entre 15 e 26 anos, de 21 de maio a 1º de junho. Para
a grande maioria, ou seja, 79,78% (21.828 votantes), a opção “sento para
conversar e busco uma solução para manter um bom clima” é a mais praticada.
Segundo Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube, a comunicação clara e
assertiva é essencial para o sucesso de qualquer relação. “No ambiente
corporativo não é diferente, a fala e a escuta ativa são práticas diárias e
fundamentais para estabelecer uma troca de confiança”, explica. Além disso,
discordar do outro, muitas vezes, estimula o entendimento de um ponto de vista
adverso e incentiva flexibilizar a opinião para a tomada de decisão.
Já para 13,58% (3.714), o mais certo
é “fazer de tudo para não ser chamado a atenção”. Todavia, focar nas atividades
pode ser uma boa saída apenas a curta prazo. A médio e longo, se a situação não
se resolver, pode se agravar ainda mais. “Os problemas existentes, com o tempo,
se tornam ressentimentos armazenados. Uma pequena discordância hoje, pode ser
um grande empecilho no futuro”, enfatiza.
Na visão de 5,62%, o ideal é
“desabafar com amigos e familiares para diminuir a pressão”. De fato, interagir
com quem se tem mais afinidade pode ser elucidador, se o objetivo central da
conversa for resolver a questão de forma séria e comprometida. “Um bom conselho
pode trazer elementos e percepções antes não vistas. Entretanto, cuide para não
se tornar uma fofoca”, recomenda a especialista.
Como medida mais drástica, 0,50% (136
pesquisados) disseram: “abandono o trabalho para não ter problemas” e 0,53%
(144) revelaram: “farei de tudo para acabar com a vida dele”. Para ambos os
pensamentos, fica o alerta de sempre partir para um diálogo, antes de criar
qualquer ressentimento. “Tornar o gestor alvo de ódio e raiva, em ordens
práticas, não promove a resolução de nada. Quanto mais maduro e imparcial o
colaborador se mantiver, mais chances de solucionar tudo de forma adulta e
responsável”, aconselha Eva. Se mesmo assim, as dificuldades persistirem e o
líder não contribuir, ainda é possível recorrer a outros profissionais da
empresa, o RH por exemplo, para denúncia do posicionamento inflexível do
superior.
Em todos os casos é sempre válido
praticar a paciência. No momento da raiva é natural a exaltação. Portanto,
espere e quando a tensão diminuir pense com maior clareza e imparcialidade.
“Ajustar as questões com calma e respeito é uma maneira eficaz de resolver um
conflito”, finaliza a gerente.
Fonte: Eva
Buscoff - gerente de treinamento do Nube
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