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terça-feira, 26 de junho de 2018

Se você tem problemas com o seu chefe, o que faz?


Segundo levantamento, a grande maioria prefere dialogar, contudo, há também quem queira tornar o dia a dia do gestor mais difícil

Inteligência emocional é um dos fatores mais importantes no mercado de trabalho. Afinal, conseguir controlar seus sentimentos é o primeiro passo para evitar conflitos. Ainda assim, para muitos, especialmente quando se é mais novo, há uma grande dificuldade nesse processo e nem todas as relações se dão da melhor forma possível. Levando em conta essa realidade, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo, a fim de responder a seguinte pergunta: “Se você tem problemas com o seu chefe, o que faz?”. O resultado apontou maturidade por parte da juventude.

A pesquisa ocorreu com 27.359 jovens de todo o país, com idade entre 15 e 26 anos, de 21 de maio a 1º de junho. Para a grande maioria, ou seja, 79,78% (21.828 votantes), a opção “sento para conversar e busco uma solução para manter um bom clima” é a mais praticada. Segundo Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube, a comunicação clara e assertiva é essencial para o sucesso de qualquer relação. “No ambiente corporativo não é diferente, a fala e a escuta ativa são práticas diárias e fundamentais para estabelecer uma troca de confiança”, explica. Além disso, discordar do outro, muitas vezes, estimula o entendimento de um ponto de vista adverso e incentiva flexibilizar a opinião para a tomada de decisão.

Já para 13,58% (3.714), o mais certo é “fazer de tudo para não ser chamado a atenção”. Todavia, focar nas atividades pode ser uma boa saída apenas a curta prazo. A médio e longo, se a situação não se resolver, pode se agravar ainda mais. “Os problemas existentes, com o tempo, se tornam ressentimentos armazenados. Uma pequena discordância hoje, pode ser um grande empecilho no futuro”, enfatiza.

Na visão de 5,62%, o ideal é “desabafar com amigos e familiares para diminuir a pressão”. De fato, interagir com quem se tem mais afinidade pode ser elucidador, se o objetivo central da conversa for resolver a questão de forma séria e comprometida. “Um bom conselho pode trazer elementos e percepções antes não vistas. Entretanto, cuide para não se tornar uma fofoca”, recomenda a especialista.

Como medida mais drástica, 0,50% (136 pesquisados) disseram: “abandono o trabalho para não ter problemas” e 0,53% (144) revelaram: “farei de tudo para acabar com a vida dele”. Para ambos os pensamentos, fica o alerta de sempre partir para um diálogo, antes de criar qualquer ressentimento. “Tornar o gestor alvo de ódio e raiva, em ordens práticas, não promove a resolução de nada. Quanto mais maduro e imparcial o colaborador se mantiver, mais chances de solucionar tudo de forma adulta e responsável”, aconselha Eva. Se mesmo assim, as dificuldades persistirem e o líder não contribuir, ainda é possível recorrer a outros profissionais da empresa, o RH por exemplo, para denúncia do posicionamento inflexível do superior.

Em todos os casos é sempre válido praticar a paciência. No momento da raiva é natural a exaltação. Portanto, espere e quando a tensão diminuir pense com maior clareza e imparcialidade. “Ajustar as questões com calma e respeito é uma maneira eficaz de resolver um conflito”, finaliza a gerente.




Fonte: Eva Buscoff - gerente de treinamento do Nube


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