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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Saiba por que desviamos o foco e adiamos objetivos


 Segundo especialista, existe uma relação do cérebro com essa procrastinação


Muitas vezes sabemos o que fazer, e como devemos fazer, mas simplesmente adiamos ou retardamos uma tarefa que deveria ser cumprida, que fazia parte de um objetivo. E ao mesmo tempo realizamos um monte de outras coisas que com certeza poderiam esperar, já que aguardaram até aquele momento e não eram nem de longe prioridade, apenas distrações. Mas, por que será que isso acontece?

Para a orientadora pessoal e psicóloga transpessoal, Wanessa Moreira, é comum essa circunstância em que a gente dá “voltas em volta de nós mesmos”, sempre buscando situações para nos desviar do foco principal. “Nesse momento, tudo o que não é necessário parece se tornar interessante de uma hora para outra como uma boa desculpa que nós contamos, nos sequestrando do nosso objetivo principal”, diz a especialista.

De acordo Wanessa, o cérebro funciona em tempo presente o tempo todo, por isso, cada vez que você pensa sobre a tarefa a ser feita, é para o cérebro como se você a realizasse naquele momento. “Então, quanto mais você pensa sobre o assunto, mais vezes para sua mente você já o executou, e você é tomado por um cansaço que aumenta a distância entre o pensamento e a execução da tarefa”, explica Wanessa Moreira, que também é Master Mentoring em Coaching Corpo e Mente.

Segundo a orientadora pessoal, para que a pessoa esteja realmente “preparada” para a tarefa, o cérebro repete esse circuito a quantidade de vezes necessária para atingir o sentimento de estar pronto. “A busca de acerto e perfeição, as dúvidas em relação ao que se deve executar, a falta de domínio sobre o assunto e o medo de ser avaliado, nos coloca nesse ciclo de pensar, pensar, e não realizar. Pois temos a sensação de não estarmos efetivamente prontos para que a missão seja cumprida”, diz a especialista.

A psicóloga transpessoal afirma que para cada indivíduo, o início de fato da tarefa acontece de um jeito. “Para alguns, no último minuto sentam e realizam tudo o que era preciso em um instante, que chegam a se questionar o porquê levaram tanto tempo para fazer algo se no final foi tão simples. Para outros, vão realizando um pedacinho por dia até que esteja de fato pronta a tarefa, quando menos imaginam e melhor do que previam”, explica.

Segundo Wanessa, existe uma relação importante com o mecanismo que desenvolvemos para aprender a estudar na infância com a maneira que desempenhamos as nossas tarefas. “Tente se recordar de que maneira você estudava para as provas. Um dia antes? Durante toda a semana? Se dedicando as aulas diariamente, sempre estando pronto para a prova? Sentia-se pressionado por seus pais ou seu professor? Sentia medo de errar? Ao pensar nisso provavelmente você irá descobrir que procrastina sua tarefa de maneira muito parecida com o mecanismo utilizado para estudar”, argumenta.

A orientadora pessoal explica que somente a partir da consciência desses nossos processos, é que podemos parar de adiar aquilo que devemos, queremos, precisamos e muitas vezes desejamos realizar. “Dessa forma, é possível executar e trazer o nosso melhor, cada vez com mais facilidade, tornando divertido ações que no cotidiano perdemos tanto tempo para realizar”, finaliza.







Wanessa Moreira  -  Orientadora pessoal


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