A etnia negra
tem 1,6 vezes mais chances de ter câncer e os que têm parentesco, 2 a 3
vezes mais que os homens em geral
O
câncer de próstata –
condição que atinge uma glândula que só os homens têm e que fica na parte baixa
do abdômen – é a
segunda doença que mais mata no mundo e o segundo câncer mais comum entre os
homens no Brasil, de
acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).
O
assunto, que ainda é tabu, vem à tona todo mês de novembro para lembrar a
importância da prevenção e detecção precoce do câncer de próstata. De acordo
com especialistas, ainda existe um certo preconceito por boa parte dos homens
em realizar um dos
principais exames para um diagnóstico mais preciso da doença: o “temido” exame de toque
retal.
“No
exame, o urologista toca
a parte de traz da
próstata, daí a enorme chance de sentir alterações, como os nódulos cancerígenos. É simples, demasiadamente eficaz e justifica o
incômodo, que é muito mais sociocultural que físico”, explica Eduardo Starling, urologista do CECAM – clínica médica
referência em São Paulo.
Números alertam para diagnóstico precoce
Só
neste ano, de acordo com o INCA, são esperados pouco mais de 61 mil novos casos de
câncer de próstata no Brasil, reforçando a importância do diagnóstico precoce. “A estimativa para 2016/2017 é ainda
mais assustadora: 420
mil novos casos de
câncer no país. Já excluídos os de pele, a porcentagem dos mais frequentes em homens são os de próstata (28,6%), pulmão
(8,1%) e intestino
(7,8%)”, conta Starling, que também é mestre em
urologia pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
A recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia é que a partir dos
50 anos os homens façam exames preventivos, todo ano, de sangue e de toque. Os negros e os que têm
pais, irmãos ou tios sanguíneos com a doença devem fazer mais cedo, a partir
dos 45 anos. A etnia negra tem 1,6 vezes mais chances de ter câncer e os que têm parentesco, 2 a 3 vezes mais que os homens em
geral.
Ainda
segundo o especialista, “a ausência quase completa de sintomas da próstata e o
alto índice de cura de seu tratamento em fase inicial, tornam uma campanha como
a do Novembro Azul de suma importância ao chamar
atenção para sua gravidade e acima de tudo seu sucesso terapêutico em fases
iniciais da doença”, alerta Starling.
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