A
doença é genética, não contagiosa e causa bolhas na pele
A EB
(epidermólise bolhosa) é uma doença de pele com causa genética que prejudica a
qualidade de vida do portador devido às feridas e, em especial, pelo
preconceito. Para alertar e esclarecer sobre a doença, o dia 19 de outubro foi
escolhido como Dia Mundial de Luta Contra a Epidermólise Bolhosa. “A EB é
uma doença congênita do tecido
conjuntivo que deixa a pele extremamente frágil, causando bolhas e
erosões em consequência de traumas leves. O preconceito vem por as pessoas
acharem que a doença é transmissível”, explica o enfermeiro estomaterapeuta da
Membracel, Antônio Rangel.
A EB é
conhecida como a “doença da borboleta”, pelo fato do paciente ter a pele
sensível como a asa do inseto, que é extremamente frágil e pode se desfazer com
o toque. O especialista explica que a pele possui duas camadas: uma externa, a epiderme,
e outra interna, a derme.
“Na pele saudável, existem âncoras de proteína entre
essas duas camadas que impedem que elas se movimentem independentemente uma da
outra. Já em quem tem epidermólise bolhosa essas duas camadas não possuem essas
âncoras, o que faz com que a pele fique muito frágil.”
Com
isso, uma leve fricção ou até mesmo mudanças climáticas podem separar as
camadas e formar bolhas e feridas dolorosas. As áreas de maior atrito, como
mãos e pés, e as mucosas são as mais afetadas. As lesões mais profundas
causadas pela EB podem ter como consequências cicatrizes como as de
queimaduras.
Como
tem causa genética, a pessoa pode nascer com a doença ou desenvolver os
sintomas até os três anos de idade. Na infância, o cuidado deve ser ainda
maior, para evitar infecções na pele lesionada causadas pelas bactérias. No
entanto, as crianças podem levar uma vida praticamente normal, mas redobrando
os cuidados com a pele para evitar ferimentos.
Ainda
sem cura, a prevenção de traumas e a escolha por melhores tratamentos é o
principal caminho para amenizar os sintomas da epidermólise bolhosa. “É
fundamental utilizar produtos que estimulem a cicatrização e minimizem a
manipulação da área lesionada, prevenindo infecções”.
Uma
opção de tratamento que tem apresentado bons resultados é por meio do curativo
feito com a membrana de celulose bacteriana porosa, a Membracel. “A membrana,
que é fabricada a partir de um processo de biotecnologia, funciona como um
substituto da pele, evitando rejeição e
alergias, além de favorecer a rápida epitelização e ajudar a diminuir,
consideravelmente, a dor.”
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