Sociedade
Brasileira de Patologia alerta sobre a necessidade de valorização de seus
profissionais no País
Comemorado
em 18 de outubro, o Dia do Médico é marcado pela importância da
valorização profissional, chamando a atenção para especialidades que a
população desconhece como a patologia.
Responsáveis por fornecer as
informações necessárias para a instituição dos tratamentos mais adequados para
os pacientes, os patologistas têm entre suas funções a distinção entre tumores
benignos ou malignos, definindo o diagnóstico dos vários tipos de câncer nos
diversos órgãos do corpo humano. São também estes profissionais que avaliam,
junto com a equipe clínica, o sucesso de casos de transplante de órgãos, além
de terem papel protagonista no diagnóstico e avaliação de doenças
inflamatórias.
“O patologista descreve nos laudos
de exames cito e histológicos os aspectos observados nas amostras de células e
tecidos necessários para o conhecimento do médico cirurgião ou clínico que
acompanhará e tratará o paciente, além de informar se a lesão foi retirada por
inteiro ou não. Tais informações definem, por exemplo, se aquele paciente
precisa de tratamentos complementares, como quimioterapia ou radioterapia, se o
câncer é mais ou menos agressivo, as chances de cura e de sobrevida”, afirma
Luciana Salomé, diretora de comunicação da SBP.
Esse especialista é essencial para o
diagnóstico de diversas doenças, e com a proliferação das escolas de medicina.
A preocupação é que os patologistas, que já são muito poucos no país, não
acompanhem a demanda. “Sem este profissional, os diagnósticos de diversas
doenças não podem ser realizados. O número de patologistas precisaria
acompanhar o crescimento de outras especialidades para que não faltem
profissionais no futuro. Com o aumento de médicos de outras especialidades, a
demanda para os patologistas cresce e a preocupação é que não existam
especialistas suficientes, principalmente em lugares longe dos grandes centros
urbanos com oferta de exames e médicos”, diz o médico patologista e secretário
geral da SBP, Ricardo Artigiani.
Ficção x Realidade
Apesar de ser ainda ser um
especialista desconhecido entre a população, o patologista é frequentemente
retratado fora da vida real, no mundo da ficção. Já foi parar nas telas de
cinema com o filme “Autópsia de um Crime” e marcou presença inclusive
nos seriados norte-americanos de grande audiência, como “Coma” e “A
Patologista”.
Foram também médicos patologistas que, através de
exames necroscópicos, identificaram a causa das mortes de celebridades como
Elvis Presley, Marilyn Monroe e Michael Jackson, além de grandes nomes da
música brasileira como Elis Regina, Raul Seixas e Cássia Eller.
Diagnósticos feitos por médicos patologistas propiciaram o tratamento adequado
dos tipos de cânceres das apresentadoras Ana Maria Braga e Hebe Camargo, e do
ex-vice-presidente José Alencar, entre muitos outros.
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